O candeeiro que não é Mies Van Der Rohe
>> terça-feira, agosto 09, 2005
Quando se viaja com uma criança, os atractivos não são bem os mesmos que temos quando estamos só "crescidos". Neste caso, por causa de um parque infantil, acabei por descobrir a igreja de St. Nicolaj, que se vê em fundo.
Hoje, n'A Barriga de um Arquitecto, é abordada a questão de a Sé de Évora ser agora um templo de entrada paga. No caso da igreja de St. Nicolaj, isso já é de facto assim. Esta igreja é actualmente um centro de arte moderna.
Não muito longe dali, há uma igreja que está transformada em restaurante. Talvez Copenhaga tenha igrejas a mais... ou fieis a menos.
Para não termos que deixar a M no bengaleiro, decidimos não visitar as exposições patentes nesta igreja, embora tenha ficado com esse objectivo para uma próxima visita a esta cidade, mas não deixei de reparar nos candeeiros.
É que estes candeeiros têm uma longa história, que encontrei por acaso quando procurava informações sobre Mies Van Der Rohe. Há quem pense que estes candeeiros foram desenhados pelo próprio Mies, para a casa Tugendhat, de que um dia destes falarei. No entanto, isso é desmentido em:
http://www.arquitectura.com.ar/notas/casa_tugendhat/index_en.htm onde é contada toda a história destes candeeiros e a sua relação com a casa Tugendhat. O modelo que encontrei na igreja é a Charlottenborg Lamp. Supostamente não seria visível a fonte da luz, apenas a luz reflectida no vidro.
De resto, neste artigo, diz-se que "The architect designed himself everything but the lamps, which are made by Poulsen, a Danish lighting company". Ora, esta igreja é precisamente Danish, pelo que a história até faz sentido.
Desenhado ou não por Mies Van Der Rohe, adoro este candeeiro.
Por hoje ficamos assim, que já têm muito com que se entreter se quiserem investigar um pouco mais.
ZM
2 comments:
As igrejas são de facto edificios que por vezes jà não têm o uso primeiro para que foram construidas...
é o caso também em França e nomeadamente na região que visitàmos este verão:o paìs catharre. Vimos igrejas e abadias que estão agora a servir de centro de exposições ou mesmo de restaurante e albergaria.
Gostàmos do que vimos e pessoalmente acho que é importante dar valor a esses sitios "plutôt" que os deixar cair em ruinas.
beijos
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