Rocha Podre e Pedra Dura

>> segunda-feira, outubro 30, 2006

Já vos falei de raspão deste blog quando referi a conquista da Daniela Teixeira. Trago aqui hoje a referência a um post que terá o seu particular no que respeita ao vocabulário (só para maiores de 16 anos), mas conta uma aventura absolutamente notável:
Querias Big Wall? Ora toma!



Trata-se do blog da Daniela Teixeira, do Paulo Roxo e do Miguel Grilo, uma equipa imparável nas lides verticais, senhores de um carisma a toda a prova e que tentam conquistar adeptos para a tortura da escalada clássica, mas parece que a maioria do pessoal não está pelos ajustes, embora nos curvemos todos quando lemos estes fantásticos relatos, apimentados pelos textos do Roxo, que cresceu na Baixa da Banheira, entre a taberna do tio e barbearia do primo, que também era carroceiro nas horas vagas, como se pode inferir facilmente do baixo nível de alguns vocábulos empregados.

Desta vez não vos recomendo que passem por lá. Podiam achar que era para passarem na "Terra de Ninguém" e aquilo é só mesmo para homens de barba rija e muito mal cheirosos. Não viram como eles mandaram a miúda para o Cho Oyu para poderem atirar-se ao calhau como se não houvesse amanhã?

ZM

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Conceito Tu

>> sábado, outubro 28, 2006



A Concept_U tem novo site e novos produtos para vender. Os Words_U são frases, dizeres, palavras, conceitos, até árvores genealógicas, escritos nas paredes, com a cor e o grafismo pretendidos. É uma ideia fantástica e tanto quanto sei única.
Passem por lá e adquiram prendas originais para o Natal.
Para além da qualidade do trabalho, que já tive oportunidade de verificar, posso garantir que o comercial (sim, é o famoso Azenhas) é de excelente trato e parece que tem saída com as moças :-)
Já sabem que se disserem que vão da minha parte, o preço é 10% mais caro, que é a minha margem.
Passeiem pelo site, que isso ao menos é de borla.
ZM

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Falling Water

>> quarta-feira, outubro 25, 2006

Edgar J. Kaufman foi o cliente que mandou fazer a famosa Falling Water, talvez a mais importante obra de arquitectura dos Estados Unidos de todos os tempos, projectada por Frank Lloyd Wright e terminada em 1935. Em 1946 já Kaufman tinha encomendado a sua outra casa, que também se tornaria um famoso ícone, mas desta vez da autoria de Richard Neutra. Parece que Wright, despeitado pela escolha de outro arquitecto classificou a segunda casa de Kaufman de "barata e fininha". Qualquer dia falo da casa de Neutra, que também acho um projecto muito interessante.

Desta vez deixo-vos 2 pequenos filmes que dão bem a ideia do que é a extraordinária Falling Water. O primeiro é um pequeno documentário de apresentação da casa, o outro é uma demonstração da utilização das tecnologias dos jogos (neste caso Half Life 2) para nos dar uma divertida visita virtual à casa. (via forum de arquitectura)





A Falling Water é visitável. Já sabem, se for caso disso, passem por lá.
ZM

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O pão do Rogil

>> terça-feira, outubro 24, 2006

Se há coisa de que gosto muito é de pão. Mas não estou a falar de carcaças ou daquele pão supostamente de Mafra, que tem lá dentro mais ar do que pão propriamente dito. Tenho sempre dificuldade em por manteiga nos buracos das torradas.

Gosto mesmo é daquele pão denso que se faz no Algarve e nalguns lugares do Alentejo. Quando vou ao Algarve trago sempre 2 ou 3 pães daqueles magníficos, corto-os em fatias fininhas e coloco no congelador, para ter torradas das boas, com manteiga verdadeira (que se lixe o colesterol) durante algumas semanas.

Um sítio que nunca falha na qualidade do pão é o Rogil, onde é feito o famoso pão do Rogil.



São tão bons que até têm site na web: http://www.casaalcatruz.com/

Desde que descobri esta padaria, vou para o Algarve propositadamente pela costa e compro sempre pelo menos 2 pães dos grandes (às vezes mais), no regresso faço o mesmo. Não há pão como o do Rogil.

Alguém conhece alguma coisa comparável na zona de Sintra? Já experimentei o de Janas, o da Assafora, o de Mafra o do raio que os parta, mas nada se aproxima do do Rogil. Será assim tão difícil conseguir fazer pão bem feito, compacto e saboroso?

ZM

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Alma Verde

>> quinta-feira, outubro 19, 2006

Alma Verde é o nome de um empreendimento bioclimático, que se encontra a cerca de 10Km a Oeste de Lagos, no Algarve.
Para além da urbanização onde moro, este é o empreendimento mais "bioclimático" que vi construído em Portugal. Não quero dizer que não haja outros, mas eu que até procuro bastante informação nesta área, não conheço. Há de facto alguns outros empreendimentos que utilizam termos como ecológico e bioclimático para se publicitarem, mas raramente passam disso.

As casas da Alma Verde não têm algumas das características que considero importantes numa casa bioclimática como as paredes Trombe ou os estores de lâminas no exterior das janelas a Sul (ou em alternativa palas de sombreamento), mas têm muitas outras e algumas inovadoras como o interior das paredes em tijolo de adobe e um sistema revolucionário de "ar condicionado passivo", que vi a funcionar e que me deixou surpreendido. De resto têm uma distribuição dos espaços muito interessante, um bom aproveitamento da luz do dia (vãos grandes a Sul), áreas de duplo pé direito para promover a circulação de ar, revestimento exterior contínuo.

As paredes exteriores das casas são todas concebidas numa inteligente sanduiche que começa com uma camada de tijolo de adobe no interior - para terem massa térmica, acumulando calor e para absorverem a humidade do interior da casa - depois têm uma camada de tijolo normal de cerâmica - para transportar a humidade absorvida pelo adobe para o exterior da casa e finalmente um revestimento tipo dryvit, como o que tenho em casa, cujos benificios conheço em profundidade. Parece-me a melhor concepção de paredes que se podia inventar.
Esquema das paredes:

O telhado tem uma construção mais simples, provavelmente igualmente isolante, mas aparentemente com menos massa térmica. Todos os tectos são em madeira, o que reduz de alguma forma a massa térmica e a luz, mas dá muito conforto visual e isola bem o som.


O sistema de arrefecimento da casa consiste de um túnel subterrâneo em torno de toda a casa, por onde é forçado a passar o ar que alimenta o interior. A circulação do ar é forçada por um ventilador que gasta energia eléctrica, mas é possível (embora não implementado por enquanto) que essa energia provenha de placas fotovoltaicas, tornando-se assim um sistema de ar condicionado que efectivamente refresca a casa, sem qualquer consumo de energia eléctrica da rede. O "fresco" que se sentia a entrar pelos ventiladores era absolutamente espantoso.


O único aspecto que não me entusiasma é a estética exterior das casas. O interior é fantástico e a distribuição do espaço é muito interessante, mas o design exterior não tem nada a ver com o meu gosto pessoal. Quase todas as cozinhas são abertas para a área de refeições e para a área de estar, coisa que acho fundamental numa casa agradável. As casas de banho têm janelas, há quase sempre um family room, que é uma espécie de escritório, mas com multiplas utilizações e frequentemente há uma mezanine que pode também servir de escritório ou de sala de leitura.


Penso que este é o futuro no que diz respeito a construção, mas infelizmente ainda é um exemplo raro. Muito mais poderia ter sido feito, apesar de tudo, para tornar este empreendimento realmente bioclimático. Devia ter sido melhor aproveitada a energia solar (particularmente disponível no Algarve) tanto em paredes Trombe, como em placas solares para aquecimento de água ou fotovoltaicas. Poderia ter sido pensada uma forma de aproveitamento da água da chuva para regas de jardim e para sanitários. Em muitos países isso começa já a ser obrigatório, em Portugal não conheço um único exemplo prático deste tipo de aproveitamento. Será assim tão complicado ou caro?

Se tiverem oportunidade passem por lá que vale bem a pena e serã seguramente bem recebidos.

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Mais uma casa

>> quarta-feira, outubro 18, 2006



Esta casa fica algures entre Galamares e o Vinagre. Não faço ideia de quem a projectou, nem conheço detalhes do projecto. Em tempos, quando ainda estava em construção, fiz-lhe uma visitinha por fora e agradou-me o que vi.
Gosto das inúmeras janelas viradas a Sul e dos estores exteriores de lâminas (sombreiam os vidros no Verão, mantendo a vista para o exterior e entrada controlada de luz). Não gosto da chaminé da lareira que desperdiça calor para a rua, quando podia aproveitá-lo para aquecer o andar de cima.
A distribuição dos espaços deve ser interessante.
ZM

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Pai galinha

>> segunda-feira, outubro 16, 2006



Quando lidamos diariamente com crianças, rapidamente nos apercebemos de que aquilo que julgamos que eles entenderam de uma forma poderá ter sido entendido de outra totalmente diferente. O mundo interpretado por uma criança de 4 anos é surpreendente e não encaixa bem nos cérebros adultos e habitados por fantasmas, macacos e outras entidades do mesmo género.
É por isso que é tão interessante e revelador olhar para os desenhos das crianças. O que se vê num desenho infantil, salvaguardadas as limitações de coordenação motora, é talvez o mais próximo que conseguimos chegar da percepção infantil do mundo e isso a mim comove-me até às lágrimas.
É justamente nesse estado lacrimoso que a Madalena decidiu desenhar-me nesta fantástica gravura. Segundo ela, isto é o pai, quando bébé, a chorar porque não lhe davam papa (estando ele esfomeado, evidentemente). Parece que os riscos que enchem o corpo são os pelos!
Agora já sei que a Madalena conhece a expressão pai-galinha e me vê coberto de pelos, qual Tarzan Taborda de Nafarros. Saber isso é uma excelente plataforma de entendimento daqui para a frente.
É por estas e por outras que amamos os nossos filhos desta forma quase dolorosa.
Um beijo especial para a artista.
ZM

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Erro!

>> sábado, outubro 14, 2006

Erro! é o nome de um projecto musical inspiradíssimo sobre o qual poderão encontrar mais informação em:
http://www.myspace.com/erromusic
http://www.cobradiscos.org/
http://erro.planetaclix.pt/
O seu mentor é o meu vizinho João Palma (qualquer semelhança com o outro Palma é mera coincidência) e ontem deu o seu primeiro concerto ao vivo, na Sociedade União Sintrense, em Sintra.
Em palco estavam apenas 2 guitarras electricas e muita electrónica. Só não me encheu as medidas porque durou pouco tempo (na realidade era a primeira parte do concerto dos Spiritual Front, organizado pela Dagaz). Faltaram lá duas cantigas do álbum já editado, que são as minhas favoritas - Vai e Despedida - mas foram tocadas algumas que não conhecia. Adorei os instrumentais, a lembrar "I won't dress funny...", que podem ouvir aqui, com guitarras poderosíssimas, hipnóticas, a fazerem-me vibrar o núcleo dos ossos. Por vezes fez-me lembrar Vini Reilly ou Pat Metheny. Os arranjos "live" para as cantigas já conhecidas tornam-nas menos pop e mais poderosas. Parece que vai haver umas apresentações futuras em FNAC's. Se ouvirem falar dos Erro!, não percam.











As fotos foram as possíveis com a minha fiel Coolpix 5400.

Um imenso atraso no início do concerto tornou impossível assistirmos na integra aos Spiritual Front, mas o pouco que ouvimos deixou-nos entusiamados. Uma banda a descobrir.

Um resto de bom fim-de-semana, se for caso disso.

ZM

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Uma grande vitória lusa.

>> segunda-feira, outubro 09, 2006



Não, não vou falar da formidável Vanessa Fernandes nem do resto dos imparáveis atletas do Triatlo Português que continuam a somar medalhas como nunca se viu em Portugal. Embora me curve perante o vasto conjunto de brilhantes resultados alcançados por aqueles atletas, dessa matéria deverá falar quem sabe.
Eu venho anunciar uma grande vitória individual, que de algum modo é também uma vitória do alpinismo (neste caso himalaismo) nacional: a Daniela Teixeira atingiu o cume do Cho Oyu, um dos catorze cumes com mais de 8.000m de altitude, neste caso com 8.201m.
Foi um feito particularmente surpreendente porque ela o fez em solitário, pagando a expedição inteiramente do seu bolso e foi a primeira mulher Portuguesa a ultrapassar a barreira dos 8.000m de altitude.
Tenho a honra de conhecer a Daniela pessoalmente e daqui lhe tiro com toda a convicção o meu chapéu.
Para mais informações:
http://www.campobase.pt/chooyu2006/index.html
http://rppd.blogspot.com/

Como não há bela sem senão, a Daniela está infelizmente do lado errado da guerra das federações de montanha. É um assunto que não vou aprofundar aqui, mas confesso que me faz muita confusão como pode ela ter a nobreza, o carácter e a determinação para conquistar este cume e simultaneamente dar a mão a uma federação que é em tudo o oposto deste espírito. Enfim, cada um tem as suas idiosincrasias e o que verdadeiramente interessa é o facto de ter posto os pés no cume do Cho Oyu, de uma forma que não foi de todo fácil.

Aqui fica pois um beijinho especial à maior vitória feminina de sempre no alpinismo nacional.

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Feriado e Ponte

>> sexta-feira, outubro 06, 2006

Na quarta-feira, quando saí (tarde) do escritório, deparei-me com este magnífico cenário junto ao Tagus Park. Parei a lambreta e registei a imagem. Parece um véu de núvem, ateado de fogo solar. Fiquei um bocado embasbacado, a contemplar o espectáculo. Durou pouco, mas valeu a pena.


No feriado fui dar um curso de escalada a um simpático grupo de moças, que se têm revelado divertidíssimas. Nesta foto temos a Rute a escalar uma via em Sintra.


Na ponte, além de diversos trabalhos de casa e de ter que me deslocar ao escritório para desencravar uma tape de backup que ia comprometer-me o backup do fim-de-semana, fui finalmente ver a exposição sobre Luigi Manini, que está patente na Regaleira. Ao contrário do que é habitual, nesta exposição pode-se visitar todo o palácio, incluindo os terraços e a torre mais alta.

Este palácio, de cujo estilo pode gostar-se ou não, foi construído com um rigor cénico impressionante. O que se vê de cada uma das janelas dos diversos andares parece ter sido (julgo que foi de facto) criteriosamente escolhido para criar quadros perfeitos em cada compartimento da casa. Talvez hoje as árvores escondam algumas coisas que na altura compunham o quadro, mas espreitar pelas janelas deste magnífico palácio é um exercício de deslumbramento e dá para perceber porque é que Carvalho Monteiro se apaixonou pela quinta. Na imagem vemos a vista a partir do terraço mais elevado. Apatece ficar ali muito tempo.

Aqui vemos o Lourenço a lanchar no terreiro dos deuses.

O Pan achou-lhe imensa graça.


Sintra é o meu mundo. É o local onde vivo e onde não me canso de passear. Mas a Regaleira é talvez o seu coração (inevitavelmente dividido com a Pena). Penso muitas vezes na sorte das pessoas (como alguns dos D'Orey), que lá moraram muitos anos, com a quinta toda só para eles. Deve-lhes ter marcado a memória para sempre. Quanto mais a visito mais me encanta. Felizmente esta não está ao abandono nem teve que ser comprada por americanos ou japoneses.

Até ao final do mês têm uma oportunidade imperdível de conhecer (quase) todo o palácio durante uma visita "normal". Não percam.

ZM

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Convento do Carmo de novo

Em Maio do ano passado coloquei aqui um post sobre o Convento do Carmo, em Gigarós, que veio na sequência da publicação de uma foto de um edifício que eu não sabia o que era.
Várias pessoas, simpaticamente, informaram-me de que se tratava do Convento do Carmo, sobre o qual eu sabia que tinha mais informações e acabei por ganhar muito com este post. Por um lado fui investigar mais sobre o assunto, agora que conhecia o nome do edifício, por outro, conheci pessoas com quem mantenho contacto e que continuam a ser excelentes fontes de informação e bons blogoamigos.


Recentemente passei de novo por lá, com a máquina a jeito. Aqui fica uma imagem do excelente estado em que está este convento.


Parece que se trata de um proprietário americano. Nestes casos, vale mais que o património passe para mãos estrangeiras do que caia redondo no chão, como tem acontecido com tanta coisa aqui na zona (lembro-me de repente do triste exemplo do chalet da Condessa D'Edla, no Parque da Pena ou dos edifícios que continuam embrulhados nas telas do Leonel Moura, bem no meio da Vila Velha de Sintra). É que os tais proprietários não podem fugir com os edifícios e pelo menos tratam deles de uma forma que parece que os nacionais não conseguem fazer.

Prefiro que o património imóvel passe de mãos e sobreviva do que se mantenha em mãos nacionais a cair de podre. É um bocadinho salomónico, mas parece-me melhor.

Se puderem, passem por lá. Só pela vista já vale bem o passeio.

ZM

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O Evaristo em versão de luxo

>> quarta-feira, outubro 04, 2006

Um grande amigo meu seguiu a sugestão e, estando na zona, foi mesmo ao Evaristo. Só tenho pena que ele não me tenha convidado.
Aqui fica a prova. A carteira emagreceu um bocadinho, mas o dono deve ter engordado.



Como se esqueceu de dizer que vinha da minha parte, não lhe fizeram o respectivo preço especial (10% mais caro :-))

ZM

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