Andanças do fim de semana - parte 3 (fim)
>> quinta-feira, junho 16, 2005
No Domingo, depois de uma curta mas feliz sessão de escalada na recém equipada falésia da Baía do Mexilhoeiro, fui respirar um pouco de ar marinho. Parei o carro na aldeia da Biscaia e comecei a dirigir-me para o mar.
Nesta zona da costa, entre o Abano e a praia Grande, a ligação do mar com a terra não é propriamente pacífica. Em lugar de se ter uma transição suave, como acontece nas praias, onde a terra se dissolve, há uma linha rasgada, em que o mar e a rocha se confrontam, gerando um caos intenso e agreste. O tipo de vegetação que existe por aqui é muitas vezes único e o seu cheiro, nesta altura do ano, é tão forte que quase entontece.
Os únicos sinais de presença humana são os abrigos dos pescadores. Infelizmente, em geral, não se preocupam muito com a manutenção destes locais, abandonando por lá muito lixo.
As pequenas praias e enseadas sucedem-se, embora seja demorado passar de umas a outras. Valeria a pena percorrer todo o percurso do Abano ao Cabo da Roca o mais próximo possível da linha quebrada da costa, mas é uma aventura para um dia inteiro.
Existe um percurso marcado (GR11 E9) que vem do Forte de S. Julião da Barra e termina justamente na aldeia da Biscaia. São 26 Km de caminho, em grande parte urbano, mas com uma forte componente de serra.
Se for caso disso, passem por lá.
3 comments:
Já por lá passei e até pernoitei.
Foi o único local do país onde pude vislumbrar um bufo real, e sem binóculos.
Pois é ZM... Ainda temos costa, porque é a zona que fica mais longe dos espanhóis... Toca a aproveitar porque qualquer dia nem isso será nosso. Fotos deslumbrantes.
Foto, foto, foto: as infestantes sul-africanas mostram o seu poderio e o olhar distraído não se apercebe.
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