Diário da Quarentena - Dia 17

>> sábado, março 28, 2020



O meu amigo Ricardo Belchior partilhou hoje no Facebook este vídeo. Para o meu cérebro de engenheiro, esta abordagem faz imenso sentido. As conclusões desta "brincadeira" são bastante interessantes:
1 - Esta epidemia está a ser muito complicada porque mata pouco e ao fim de muito tempo. Eu sei que isto é abrutalhar a conclusão, mas é o que o modelo demonstra;
2 - As medidas mais importantes para conseguir "achatar a curva" e extinguir a epidemia são a identificação precoce dos infectados (o tal "testar, testar, testar"), removendo-os da comunidade, e medidas de higiene apertadas para reduzir a probabilidade de infecção.
3 - Fechar escolas e outros locais de encontro parece ser também uma medida importante.
Dir-se-ia que, ao contrário do que têm afirmado alguns "Calígulas de varanda", a forma como esta crise tem sido gerida pelo Governo e pela DGS é acertada.





O último álbum de Nils Frahm foi editado hoje mesmo. Mais uma vez, a notícia chegou-me pela mão do Ricardo Mariano, do Vidro Azul. Agradecido.





Já agora, já está disponível o podcast do episódio de Radio Call em que participei há dias. É um programa da SBSR que dá todos os dias da quarentena entre as 19:00h e as 20:15h ou coisa que o valha.



Como quase todos os dias, hoje fui fazer a minha corrida. Fui até ao Cabo da Roca, agora vazio de gente mesmo ao fim-de-semana, regressando pela Praia da Ursa. Como tem sido habitual, cruzei-me com muito pouca gente e nunca a menos de 3 metros de distância. Aqui ficam 2 fotos que fiz nessa corrida.







Hoje, tal como prevíamos, não houve obras no andar de baixo. Menos mau.
Falei com o meu pai ao telefone. Já tenho saudades de uma churrascada de peixe no nosso quintal, regada com um branco fresquinho aqui da zona (gosto do Mare & Corvus, muito mineral) e acompanhado de batatas daqui da feira, assadas no forno, com azeite e orégãos. Para já, tudo indica que esse desejo é uma miragem, até porque, como já relatei, a senhoria nos deu cabo do quintal. Melhores tempos virão.
Recebi também um telefonema relacionado com trabalho. Não quero adiantar ainda novidades, mas parece que há luz no fundo do túnel.
Um dia desses reparei que estou a fazer e receber umas 5 chamadas telefónicas por semana. Há uns tempos, quando queria recuperar o número da pessoa com que tinha falado de manhã na lista de chamadas tinha que percorrer vários ecrãs de chamadas para lá chegar. Estranha forma de vida, esta que temos agora.
Se viram o vídeo que partilhei no início deste post, já sabem que, pelo menos por agora, vale a pena mantermo-nos afastados dos outros e lavarmos as mãos com frequência, sobretudo quando vimos da rua. E enquanto na rua, não levem as mãos à cara. Os meus filhos tinham uma brincadeira que era "o chão é lava", nós, na rua, temos que adoptar o meme "as mãos são lava".
Fiquem em casa por mais uns tempos. Isto vai passar, e se tivermos juízo, ficaremos nos registos como um dos países da Europa onde os sistemas de saúde não chegaram a colapsar.
Até amanhã.

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