Sintra - Tribunal
>> quarta-feira, fevereiro 14, 2007
É só uma foto do tribunal de Sintra, tirada da ligação entre Chão de Meninos e S. Pedro.
É um edifício discutível. Não o acho fora de série, mas veio para ficar e temos mais é que nos habituar a ele. Visto do lado Norte é mais bonito, mais leve. Desagrada-me sobretudo o facto de estar tão alto. Talvez se pudesse ter removido mais colina, para o deixar algo mais baixo.
ZM
4 comments:
pode ser um edificio discutível, mas é muito grande/pesado, nada integrado com a paisagem; agride desde onde quer que se olhe e desde muito longe
Por acaso eu até gosto imenso que esteja assim elevado; acho que fica quase omnipresente, como se estivesse a zelar pela população (que é de facto a sua função).
Agora, em termos arquitectónicos, tenho que dizê-lo, ainda que como leigo na matéria: é uma nódoa. Não tanto pelo exterior, que não é bom nem mau, mas sim pelo seu interior, que conheço bem. Mais de metade do edifício são átrios: justamente nesta face que está voltada para nós na foto, o piso térreo tem um átrio em cada topo, sendo estacionamento coberto no meio; os pisos superiores são átrios de uma ponta a outra. Isto no terço mais perto dessa face.
Nos outro dois terços temos corredores perpendiculares à fachada em cada topo, e pelo meio vários jardins interiores, a céu aberto!!!
Pelo que o edifício tem de área útil menos de um terço da sua área de construção total.
Acho-o grande demais para o ambiente é certo. Porém se queremos as coisas, tribunais, hospitais, têm que ficar em algum sítio.
E assim sendo, acho-o menos ofensivo do que um bloco com mais andares..
Se se construísse algures um hospital, gostava que também fosse assim, mais rasteiro.
Em relação ao desbastar colina, eu até acho que poderia ser boa ideia, mas não gosto muito que se ande a remexer no relevo terrestre. Isso aconteceu um pouco em Oeiras onde montes e montes desapareceram para fazerem parques empresariais.
É o terceiro-mundismo em todo o seu esplendor. A vergonha e a ignomínia da pequenez. Deve-se indagar quem se lembrou daquele lugar, para que se possa apontar para todo o sempre...pelo menos até à demolição daquela marca, daquele excremento na paisagem sintrense.
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