London calling - part 3/3

>> quarta-feira, janeiro 31, 2007

Bem-vindos à derradeira terceira parte de London Calling.
Neste dia percorremos um passeio recomendado neste site, que recomendo vivamente (o passeio e o site).


A Hays Galleria, uma antiga doca, entretanto abandonada e transformada numa galeria comercial.

Uma das muitas vistas possíveis da Tower Bridge, que tinhamos visitado no dia anterior.

A mesma ponte vista da Thames path, no lado Este, a caminho do museu do design.

Aqui podemos ver a torre bioclimática de Norman Foster. Um edifício magnífico, visível de quase todo o lado (180m de altura!), que alegrou muito o sky line de Londres.

Um local fantástico, onde não teriamos ido se não fosse o guia de percurso que já indiquei.

O famoso London Eye, que parece uma roda de biciclete gigante, quase impossível, mas cuja visita não recomendo, já que as filas são intermináveis. Cada volta daquilo deve durar horas. Se insistirem em lá ir levem farnel para um dia. Com o tempo de fila e o tempo de volta deve-se gastar uma manhã ou uma tarde inteiras.




Várias vistas do parlamento e do seu famoso Big Ben.


Terminámos esta volta na Tate Britain, onde queria ter visto o Bacon e a Paula Rego, mas justamente esta parte do museu era a única que estava encerrada para balanço. Os principais museus de Londres são gratuitos, embora se recomende a entrega de um pequeno donativo. Este triptico da Paula Rego é uma interpretação da série Marriage a La Mode, de Hogarth, exposta no mesmo local. Só isto já vale a visita.

Ficaram aqui algumas pistas. Só posso recomendar: se for caso disso, passem por lá.

ZM

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Um caso sério

>> terça-feira, janeiro 30, 2007

Eu acho que o referendo de dia 11 é um caso sério, mas este retrato está genial e parece-me que de alguma forma contribui para agitar a consciência de quem se sinta pouco inclinado a deslocar-se às urnas.


Aproveito para trazer aqui a voz de Pacheco Pereira, que no seu abrupto escreve um outro texto com o qual me identifico, apesar de ser crítico ao autor do outro:

É verdade que, como em todas coisas, há irresponsabilidades, há mulheres irresponsáveis nos abortos que fazem, como nos filhos que fazem, mas duvido muito que sejam a regra. A regra é que aborto é sofrimento, físico e psicológico, e é sobre esse sofrimento que vamos votar. Eu vou votar sim, mas admito que, exactamente com a mesma consciência do mesmo problema, haverá quem vote não. Mas os moderados, estranha palavra rara no meio desta estridência, não podem deixar de recusar este folclore que infelizmente nalguns casos torna príncipes da Igreja iguaizinhos ao Bloco de Esquerda e vice-versa. Se percebêssemos esse silêncio interior da maternidade, mesmo quando dilacerada pelo aborto, seríamos menos arrogantes, menos estridentes, menos obscenos nas campanhas.

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London calling - part 2/3

Fomos visitar a exposição (instalação) Britain At War Experience, junto da Hays Gallery.
É uma exposição cara (9.5 Libras por pessoa), mas que vale o esforço. Não é tão high tech como a apresentação leva a crer, mas sente-se de facto uma viagem no tempo e talvez nos faça entender melhor algumas das idiossincrasias do cidadão médio britânico. É uma experiência recomendável.



Começamos por descer num elevador até ao interior de um velho túnel do metro, que durante a guerra servia de abrigo contra os bombardeamentos. Nessa primeira sala, que recria o abrigo, assistimos a um filme sobre a experiência dos Londrinos durante a Segunda Grande Guerra.








Depois passeamos entre cenas da guerra, onde se sente intensamente o ambiente da época. Há inúmeras notícias de jornal afixadas pelas paredes e até vemos o pobre ardina que tenta vender os seus jornais numa época de grande racionamento.


O vosso cronista a experimentar as agruras da máscara anti-gás.




Este ar enfumarado é mesmo de propósito. Saímos dali com a perfeita sensação de termos estado num abrigo durante os bombardeamentos.

Existe mesmo um pequeno abrigo, dentro destes túneis, onde somos convidados a entrar para ouvir o som dos aviões inimigos sobre a cidade. É impressionante.

Eu embirrava um bocado com os Londrinos, mas depois desta viagem no tempo, compreendo melhor agora que esta herança de medo lhes possa dar algum direito a serem palermas de vez em quando.

Londres é uma cidade estranha. Da primeira vez detestei, desta vez não me sai da cabeça. Acho que da próxima fico viciado.

Voltem amanhã para a derradeira parte 3 desta diáspora.

ZM

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London calling - part 1/3

>> segunda-feira, janeiro 29, 2007

Um fim de semana em Londres, completamente por acaso. Deixámos as crianças com a avó e ala que se faz tarde.

Primeira paragem: Notting Hill e o seu formidável Portobelo Road Market.

Havia gente por todo o lado. O tempo estava de feição.

Parece que as regras das comidas à venda nas feiras só se aplicam em Portugal. Nós e esta mania de sermos bons alunos, acabamos sendo mais papistas que o papa.

Uma maquete da famosa Tower Bridge, exposta na própria Tower Bridge. Uma visita que vale bem o bilhete. A vista sobre Londres é magnífica, sobretudo quando o tempo permite. (As fotos digitais não registaram tal coisa, apenas fiz slides).

Picadilly Circus no final do dia. O coração da cidade, cheio de gente como o Marquês em dias de vitória lusa no campeonato do mundo de futebol. De resto, é impressionante a quantidade de gente que se movimenta nesta cidade a qualquer hora do fim-de-semana. O metro, mesmo à noite, nalgumas linhas, está tão cheio quanto o nosso em hora de ponta.

Uma montra de um restaurante chinês, em Chinatown.

Nós jantámos em Chinatown. Por um lado, a comida nestes restaurante é óptima, por outro gostamos imenso do exotismo deste pedaço de Londres e já não é a primeira vez que lá jantamos.
Para quem, como nós, habita (e gosta) no sossego do campo, estes mergulhos numa cidade cosmopolita como Londres são uma deliciosa quebra na normalidade. Da primeira vez que lá fomos não me encantou grande coisa, mas desta trouxe saudades.
ZM

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Sim

>> sexta-feira, janeiro 26, 2007

Embora frequentemente prefira o humor do seu contraponto no Expresso à irritante arrogância que contamina algumas das crónicas semanais de Daniel Oliveira, não posso deixar de tirar o chapéu a este texto, que se afirma claramente pelo sim no referendo de 11 de Fevereiro. Se tiverem paciência leiam até ao fim. Esqueçam os comentários e pensem pela vossa cabeça.
Pensei muitas vezes em escrever sobre este assunto, mas depois deste texto, isso sería inútil.
Estou de acordo. Voto Sim.
ZM

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Colares - votação

>> quarta-feira, janeiro 24, 2007

O blog Colares apresenta uma votação para opinarmos sobre o destino a dar àquele pedaço de terreno semi-abandonado junto à ponte de Colares, onde resta um pobre escorrega. Não será uma votação vinculativa, mas sempre dará para sentir o que pretendem os sintrenses da blogosfera.

Passem por lá e aproveitem para votar.
ZM

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Aleluia

>> quarta-feira, janeiro 17, 2007

Via Rio das Maçãs,chega a notícia de que o palácio do ex-presidente da CMS João Justino, em Colares, será parcialmente demolido a bem ou a mal.



Já várias vezes tinha pensado em fotografá-lo e falar aqui desse crime urbanístico e paisagístico, mas não tinha grande informação sobre ele.

Não tenho nada contra os ricos no geral nem contra as grandes casas em particular, mas a verdade é que aquele edifício é uma clara agressão à paisagem da serra de Sintra, para além do mais arrepiante manifesto ao mau gosto que se encontra por aqui, mas isso já é discutível.

Aproveitando a deslocação dos camartelos à região, talvez não fosse má ideia retirar mais alguns furúnculos. Assim de repente lembro-me da mansão Albarran, mas essa talvez esteja legal.

Obrigado Rio das Maçãs pela notícia.

ZM

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Paço da Vila

>> terça-feira, janeiro 16, 2007



Uma foto do Paço da Vila de Sintra, de um ângulo pouco habitual.
Feita com a velhinha Coolpix 5400.

ZM

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Petição contra a TLEBS

>> segunda-feira, janeiro 15, 2007

Eu sou pouco de petições. Resisto muito a assinar qualquer coisa sem ter a certeza de que estou na posse de todos os dados. Neste caso da TLEBS, embora me pareça que esta "experiência" é completamente absurda, não me acho competente para me manifestar, razão pela qual não dei eco mais cedo a este assunto.

Assine e Divulgue a Petição Contra a Implementação da Experiência Pedagógica TLEBS em http://www.ipetitions.com/petition/contratlebs/tlebs.html

A pedido do seu mentor, aqui fica o link para a petição. Não façam como eu e vão até lá engrossar a corrente que se opõe à dita TLEBS. Até ao final da semana ainda vão a tempo.

Boa semana.

ZM

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A Casa da Árvore

>> sábado, janeiro 13, 2007

O livro "A Casa Da Árvore" de Margarida Botelho, que já deu origem a um projecto interessante, conta a história de 2 irmãos gémeos, de nome Miguel e Gabriel, que eram mais diferentes do que poderíamos ser levados a pensar.

Miguel era ligado à terra, gostava do chão seguro, de buracos, de minhocas e formigas. Gabriel (não por acaso nome de Arcanjo) era totalmente aéreo, sonhava ser pássaro e só pensava em alturas e no azul do céu.
Tinham uma irmã mais velha, que um dia sugeriu a construção de uma casa na árvore. Imaginem o pânico de Miguel, para quem a altura de uma mesa já era uma vertigem; e a excitação de Gabriel, que sonhava acordado com a textura das nuvens.
Não vou contar aqui toda a história, até porque a Margarida pode processar-me, mas posso dizer que Miguel acabou por vencer o medo e todos viveram momentos muito felizes lá no alto.

Agora perguntam os meus incrédulos leitores:
- Onde é que este gajo quer chegar? Será que bateu com a cabeça nalgum lado ou isto de ter 2 filhos pequenos já lhe fundiu os fusíveis todos?

Porque é que este livro me chamou tanto a atenção? Antes de mais porque a história e as ilustrações são muito engraçadas e calculei que a Madalena (viciada em livros como nenhuma outra criança da mesma idade que eu conheça) o ia apreciar. Mas depois porque toda a história remete para o universo da arquitectura, havendo uma tensão curiosa entre duas formas distintas de habitar que me deixou a cabeça em reflexão.
Chegamos mesmo a ver o projecto da Casa da Árvore, feito em Manual CAD :-)

Um dos irmãos deseja muito uma casa na árvore porque é lá que se sente bem, o outro – exactamente no pólo oposto – treme só de pensar em ter que subir lá para cima. Esta diferença entre formas de habitar é uma questão fracturante na arquitectura. Julgo que os arquitectos tendem a projectar edifícios que se aproximam da sua forma de habitar ou ocupar. Lembro-me de ouvir Manuel Graça Dias falar deste assunto e sempre me fez alguma confusão que haja quem se sinta mais confortável num andar no centro de Lisboa do que numa moradia no campo, mas a verdade é que não há certo e errado nesta matéria.

Quem leia o Arrumário há algum tempo já sabe que o meu gosto em habitação anda muito próximo de uma casa na árvore. Gosto de casas com vários andares, com escadas ou rampas, com terraços altos como ameias de castelos, com vãos abundantes por onde entre a luz do dia e por onde saia o olhar, para se espraiar no horizonte, se possível com muito verde, muito céu e algum mar. Comentei mais do que uma vez o pouco que me identifico com alguns projectos actuais, onde os vãos dão para muros ou pátios interiores, ou onde as casas de banho não têm janelas. Penso agora que talvez haja muita gente que se identifique com o mano Miguel da história, preferindo os espaços fechados, térreos, talvez mais seguros e protegidos. Deve realmente haver quem prefira o recolhimento e a penumbra contra a exposição e a luz. Aceito agora que estão no seu direito.

Uns dias antes de ler esta história, falava com uma colega de escritório sobre as diferenças entre a casa dela e a minha. Quando lhe disse que o local onde tomo duche diariamente tem janela para rua e que qualquer pessoa me pode ver lavar a cabeça, ela ficou horrorizada. Não é que eu tenha alguma tendência exibicionista, até porque essa pequena janela não permite vislumbrar abaixo da altura dos ombros, mas a verdade é que hoje ser-me-ia muito difícil tomar duche num espaço de onde não avistasse a rua. Esse contacto permanente com o exterior é vital para mim. No entanto aceito melhor agora que haja quem prefira outras opções. Este é talvez um dos maiores dramas da arquitectura, conseguir conciliar a vivência do arquitecto com as expectativas do cliente.

Na história da Margarida o irmão Miguel acaba por se convencer a subir à casa da árvore e finalmente sente-se lá tão bem quanto Gabriel. Confesso que isso me agradou mais do que me agradaria o contrário.

PS: acabo de descobrir que a Margarida Botelho é, na verdade, licenciada em arquitectura. Pelo que presumo do livro, talvez me identificasse com os seus projectos.

ZM

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A referência na Barriga

>> quinta-feira, janeiro 11, 2007

Não consigo esconder alguma vaidade por ter sido brindado com um simpático destaque n'A Barriga de um Arquitecto:


Um blog que sobe montanhas. Parabéns ao Arrumário pelos seus dois bons anos de actividade. Ficam na memória deste ano que passou os aviões do Museu do Brinquedo, as rampas do ISCTE de Raúl Hestnes Ferreira, o passeio à Mina de S. Domingos, uma deliciosa intrusão ao “quintal” do arquitecto Alberto de Souza Oliveira, e finalmente, uma extraordinária viagem ao Monte Perdido nos Pirinéus (I, II, III e IV). Vão até lá e percam-se pelos seus arquivos montanhosos.

Apenas acrescentei ao texto do Daniel os links directos para os posts mencionados e agradeço a ideia da compilação.

A Barriga é um dos meus blogs de referência, embora o Arrumário tenha uma vocação mais pessoal e menos focalizada. Se fosse para uma ilha deserta e só pudesse levar um único blog, era o Barriga de um Arquitecto. Fico por isso muito lisonjeado e sinceramente agradecido com a referência. Obrigado Daniel.

ZM

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Homenagem

Ontem foi o aniversário do Arrumário. Hoje é dia de prendas para os fiéis leitores. Poderão reparar numa nova lista de links, aqui à esquerda, que pretende reunir os blogs dos leitores que mais têm comentado por aqui e que ainda não constavam noutra categoria. Obrigado uma vez mais a todos.

Aproveito para destacar o post de hoje do Antigamente, porque trás uma imagem que causa uma profunda nostalgia e um intenso desgosto:



Este é o aspecto original do Chalet da Condessa d'Edla, no Parque da Pena, que tive a sorte de conhecer já num extremo estado de abandono, mas ainda inteiro. Hoje, fruto de incúria de quem não soube ou não quis cuidar deste valioso património, temos apenas um monte de andaimes ferrugentos, cobertos por chapa ondulada, sob o qual se encontra uma ruína quase completamente queimada e seguramente irrecuperável.

Obrigado ao Marco Oliveira pela imagem.

ZM

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Aniversário

>> quarta-feira, janeiro 10, 2007

Faz hoje precisamente 2 anos que nasceu o Arrumário.
Já houve fases mais animadas e outras menos. O caminho editorial fez-me perder muitos dos leitores iniciais ("este gajo é uma seca, só fala de casas!"), mas fez-me também ganhar outros.
Ao longo destes 2 anos conheci algumas pessoas muito interessantes através do blog. É sobretudo aos leitores que se sentaram em frente do Arrumário e gostaram do que viram que dedico hoje esta festa.
Manter um blog fez-me ler, procurar, investigar, registar mais do que teria feito se não o tivesse. Nesse sentido o Arrumário melhorou-me. E isso também tenho que agradecer aos leitores.



Este foi o Cheesecake que fiz para o Ano Novo, com receita do Comezainas, mas aparece aqui como bolo de aniversário.

Bem hajam por estarem desse lado e se interessarem pelas palermices que aqui fui deixando ao longo deste 2 anos.

Como diriam os Ocaso Épico, Muito Obrigado.

ZM

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CCB P/B

>> terça-feira, janeiro 09, 2007

No Domingo passado fomos ao CCB ter com o Daniel e a Ana. Eles viram a Candida Höfer e nós vimos o Nuno Cera. Acho que eles ficaram a ganhar. No final, enquanto o Lourenço lanchava eu dei por lá umas voltas e registei este conjunto de imagens.







O CCB vale a pena e estão lá muitas exposições interessantes neste momento. Como sempre, se puderem passem por lá.
ZM

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Mucifal - parte II

>> domingo, janeiro 07, 2007

Apresento agora mais fotos do mercado do Mucifal. Acho um edifício bem conseguido e muito bem integrado na envolvente. Não gosto da opção dos estores interiores em lâminas, que têm um ar sujo, fraco e já estão todos pifados. Talvez não tenha sido uma escolha do arquitecto, mas dos utilizadores. Parece-me evidente que o janelão que dá para poente (não se vê nestas fotos) tem que estar sombreado de alguma forma, mas os estores que lá foram colocados não terão sido a melhor opção.









Como o céu estava convidativo, aproveitei para registar estas imagens da igreja do Mucifal, que está com muito bom aspecto.





O Mucifal é uma pequena aldeia, um bocado desorganizada e diria mesmo feia, mas procurando bem encontram-se lá alguns encantos (como em todo o lado). Só é preciso andar de olhos abertos.

Se for caso disso passem por lá e reparem.

ZM

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Mucifal

>> sexta-feira, janeiro 05, 2007



Pormenor do mercado do Mucifal. Um projecto de Luiz Trigueiros, que acho bastante interessante.

(Parece que há por lá bom peixe!)

ZM

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2 casas - 2 alçados nascente

>> quarta-feira, janeiro 03, 2007

Há dias falei aqui do gabinete Tirone Nunes, que faz essencialmente casas bioclimáticas ou sustentáveis, ou o que lhe queiram chamar. A propósito, fui espreitar a casa Alba, na Chilreira, e deixo aqui o seu alçado nascente. Gostaria de ter fotografado mais qualquer coisa, mas não queria ser apanhado como da outra vez.



Entretanto, tinha aqui em carteira uma foto que tirei da famosa casa das Azenhas, do Raúl Lino, que já tive oportunidade de visitar, numa visita guiada pelo amável Martinho. Como esta também é uma imagem do seu alçado nascente, achei que dava um contraponto interessante à outra foto.



ZM

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