Education: It's time to do better

>> quarta-feira, dezembro 15, 2010

Eis a razão porque uma escola que era boa há 30 anos pode ser hoje um atraso de vida, se não perceber que o mundo mudou entretanto.
(por muito que as elites continuem cegamente a mandar para lá a sua descendência)



Destaco:
"Ask them what they can do with it [information], ask them to go to places, see things for themselves, play"

"Then main point is that if we continue to look at education as if it's about coming to school to get the information and not about experiential learning, empowering students voice and embracing failure, we're missing the mark. And everything that everybody is talking about today isn't possible if we keep having an educational system that does not value these qualities, because we won't get there with a standardized test and we won't get there with a culture of one right answer. We know how to do this better. And it's time to do better."

Aproveito para deixar aqui uma sincera homenagem ao excelente trabalho desenvolvido pelas educadoras do Pré escolar da Tomás de Borba, que felizmente já seguem este caminho.

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A Hora do Conto (2)

>> segunda-feira, dezembro 13, 2010

Poema que a Madalena leu na última edição de "A Hora do Conto", na Biblioteca do CCAH:

"História Antiga

Era uma vez, lá na Judeia, um rei.
Feio bicho, de resto:
Uma cara de burro sem cabresto
E duas grandes tranças.
A gente olhava, reparava, e via
Que naquela figura não havia
Olhos de quem gosta de crianças.

E, na verdade, assim acontecia.
Porque um dia,
O malvado,
Só por ter o poder de quem é rei
Por não ter coração,
Sem mais nem menos,
Mandou matar quantos eram pequenos
Nas cidades e aldeias da Nação.

Mas,
Por acaso ou milagre, aconteceu
Que, num burrinho pela areia fora,
Fugiu
Daquelas mãos de sangue um pequenito
Que o vivo sol da vida acarinhou;
E bastou
Esse palmo de sonho
Para encher este mundo de alegria;
Para crescer, ser Deus;
E meter no inferno o tal das tranças,
Só porque ele não gostava de crianças."

Miguel Torga
Coimbra, 12/10/1937

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Fotos atrasadas

>> sexta-feira, dezembro 10, 2010

Fotos feitas no final da minha viagem a Samsö, em Copenhaga e em Lisboa.

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(Pardais ao banho - Copenhaga)

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(Pardais ao banho - Copenhaga)

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(Lisboa, estação de comboios do Areeiro)

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Five minutes about "food system"

>> quinta-feira, dezembro 09, 2010

Vocês sabem que eu sou "TED fanatic". Vejam esta que vale a pena. São só 5 minutos, mas valem por muito mais.

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Adenda à entrada anterior

>> terça-feira, dezembro 07, 2010

Casa Ocupada, o último álbum dos Linda Martini (baratinho aqui), é absolutamente fora de série.
Desde a capa, num registo a lembrar os ambientes onde Francesca Woodman se desfazia em imagens fotográficas, até à sucessão de poderosos hinos intrigantes e misteriosos, tudo parece construido com uma sólida coerência e uma fortíssima carga emocional.
Destaco mais duas cantigas:

Juventude Sónica


Uma estranha cantiga com o curioso título "Cem metros sereia" e cuja letra é apenas "Foder é perto de te amar, se eu não ficar perto". Escrito aqui, preto no branco, sem a moldura das guitarras, pode parecer cru e até estúpido, mas no contexto do álbum é uma cantiga poderosíssima e que, por estranho que pareça, no meu entender exalta a paixão.
Uma obra prima da música Portuguesa, daquela que já considerei mais que uma vez a melhor banda nacional no activo.
(Os Ölga e os Erro! que me perdoem)

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Amigos Mortais

>> segunda-feira, dezembro 06, 2010



Ando sem vontade nenhuma de bloggar, mas esta cantiga merece bem o pequeno esforço da sua divulgação.

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Fotografia Gourmet

>> segunda-feira, novembro 29, 2010

Via Elogio da Sombra, um show de fotos de fazer cair o queixo.

Streetpoems / Fotografías de Daniel Laurinc from TERRA de NINGÚ on Vimeo.



Aproveitem e sigam o link do blog, onde poderão visualizar o último projecto: Inverno Azul. Fotografia analógica em grande estilo. Gourmet.

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Electricidade com ou sem extras?

>> quinta-feira, novembro 25, 2010



Esta é uma petição que cada um assinará se assim o entender, mas que não contará com a minha assinatura, pelas seguintes razões:

  1. O texto é demagógico e não explica em profundidade o que está em causa;
  2. Limita-se a cavalgar o descontentamento geral e o facto de o preço final da electricidade poder subir;
  3. Pretende escamotear as razões que levam a que o preço da electricidade suba.
  4. Refere por exemplo (ouvi na rádio) as "reservas de potência" como se esse fosse um custo que possamos de alguma forma dispensar

Trata-se de um texto e de um protesto que vêm na sequência do célebre manifesto anti-renováveis, que recupera parte da argumentação de Mira Amaral e dos seus fiéis e que me dá a volta ao estômago.
Pergunto-me muitas vezes o que é que as pessoas pretendem. Querem electricidade barata? Vamos investir em nuclear. Podem começar a tirar à sorte em que "back yard" vai ficar a central (ou as centrais) e prepararem-se para suportar o valor do investimento.
Querem manter tudo como está? Então preparem-se para a factura, porque os preços dos combustíveis fósseis, incluindo o gás natural (que tem um papel importante no mix energético nacional), vão subir de forma imprevisível nos próximos anos.
Se queremos preparar-nos para o futuro e contribuir para a diminuição dos efeitos de estufa que decorrem da indústria da energia não temos volta a dar, temos que caminhar a passos largos para a utilização de energias renováveis.
Isso tem um preço, mas a energia tem um preço e vai subir quer queiramos quer não.
Do meu ponto de vista, a opção deste governo em apostar em força nas renováveis é acertada. O futuro mostrará quem tinha razão.
ZM

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A Hora do Conto - CCAH

>> sábado, novembro 20, 2010

Iniciei há dias um projecto fotográfico que me está a divertir muito. É (será) um conjunto de fotografias de baixa fidelidade, propositadamente (mal) tratadas por uma aplicação do Android, o sistema operativo do meu recente mini computador, vulgo telemóvel.
É uma forma completamente diferente de fotografar e partilhar as imagens, onde a simplicidade é o mote principal. É tudo feito no telemóvel, sem as fotos passarem sequer no PC. O aspecto Polaroid e o Preto e Branco servem para que nunca tenha que me preocupar com a qualidade das imagens, ficando assim muito mais solto.
O objectivo é trabalhar temas novos e sobretudo a composição fotográfica.
Esta foto é uma das da série e neste caso trata do verdadeiro tema deste post: "A Hora do Conto", no Centro Cultura de Angra do Heroísmo.



É um evento que acontece todos os Sábados, às 16:00h, e que é uma viagem fantástica ao universo infantil, quase sempre conduzida por experientes pilotos da nossa imaginação.
Têm por lá passado animadores de imensa qualidade, que me têm encantado com as suas performances, de uma forma tão intensa que por vezes me pergunto se lá vamos porque achamos que os miúdos gostam ou se vamos porque já não vivemos nós (os crescidos) sem aquele momento.
Aquela hora tornou-se sagrada no nosso fim-de-semana. Assim que nos sentamos naquela salinha caem do tecto uns pós mágicos que nos transportam para um universo encantado onde sabe muito bem estar.
No final trazemos sempre alguns livros que vamos lendo às crianças ao longo da semana. Tudo à borla.
Recomendamos vivamente.

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Eu também acredito na Escola Moderna

>> quinta-feira, novembro 18, 2010



A propósito dos recentes posts do meu amigo Vasco, aproveito para partilhar esta reportagem sobre o Movimento da Escola Moderna.

Os meus dois filhos mais novos começaram por andar num colégio que seguia esse modelo e estávamos bastante satisfeitos com os resultados, tanto do ponto de vista do ensino curricular como - talvez sobretudo - com os restantes aspectos da educação no seu todo.
Depois conhecemos um outro modelo mais tradicional (para não dizer aberrante) e ambos andaram para trás a passos largos.
Agora, o Lourenço está numa fantástica sala pré escolar, na escola Tomás de Borba, em Angra do Heroísmo, e a evolução está a ser surpreendente. No MEM não se aprende só a desenhar, ler, escrever e contar de uma forma mais rápida e motivante, aprende-se a viver em comunidade, de forma democrática e educada, com vontade e alegria. Estou convencido que quanto mais se espalhar este modelo educativo melhores serão as pessoas que saem das nossas escolas. Por consequência, melhor será o país.
Receio que entre os detractores deste sistema estejam pessoas que não sabem do que se trata e também pessoas que têm medo da verdadeira democratização do ensino escolar. Uma das coisas que o MEM promove é a igualdade, e isso assusta muito boa gente.

As outras partes desta reportagem: aqui e aqui.

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Bosques de Mi Mente

>> sexta-feira, novembro 12, 2010


Um compositor espanhol, que oferece a sua música online.
Já cá tenho tudo e adoro deixar-me levar por este doce piano enquanto trabalho.
É a minha ditadura dos headphones, embora o meu escritório não tenha cá mais ninguém.
O "Inocencia", que é fantástico, aqui e ali tocado pela lógica do Pascal Comelade, vende-se de facto. Merece bem os 5€ que custa (com portes).
Bom fim-de-semana.

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Sabedoria de mercearia de bairro

>> quarta-feira, novembro 10, 2010

Não te rias de quem chora
É coisa que se condena
Pode a roda girar
E tu sofreres igual pena.

Assim, tal e qual, dito pelo cliente de uma mercearia de bairro, provavelmente a propósito do recente resultado do Benfica.

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A mágica luz Açoriana

>> segunda-feira, novembro 08, 2010

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Vale da Achada visto da Serra do Cume.

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Dois grandes AMIGOS, de visita.

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Madalena e Lourenço nos Biscoitos

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Porto das Cinco

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Tivemos a visita de dois grandes AMIGOS. Aqui vemos o tio Manel (ao qual o Lourenço chama sempre avô - ele tem muitos avôs), a passear com o Lourenço no Porto das Cinco.

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Mais uma vez, o tio Manel e o seu "neto".

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Este é um recado que eu não posso deixar passar. Esta é a forma como alguns Açorianos insistem em tratar o que os Açores têm de mais valioso: a natureza e a paisagem. Vê-se demasiado disto, por toda a ilha. É pena.

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Tomara que esta proibição fosse para cumprir. Isto, evidentemente é do tempo dos escudos e seria o equivalente a 50€ hoje, mas para mim, no estado em que está esta ilha (não sei ainda como estão as outras), a multa devia ser mesmo 1000000 de euros.

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Mais umas soltas

>> domingo, novembro 07, 2010

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No regresso de Ponta Delgada, num voo que descola às 7:00h da manhã, cheguei à Terceira suficientemente cedo para apanhar o pôr da Lua. Parei na Via Rápida e click.

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De visita ao nosso amigo Miguel e família, na Praia da Vitória.

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O Lourenço armado em Armstrong, também na Praia.

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Aqui andávamos à procura de tesouros, mas desta vez não encontrámos mais do que lixo.

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O Pico (a ilha do Pico), visto do caminho que sobe para Santa Bárbara.

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Um dos cabos que seguram as antenas no alto de Santa Bárbara (o ponto mais alto da Terceira).

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Quem me conhece bem sabe que, embora não ligue muito a carros, sou um total e completo apaixonado pela Mercedes. Quando os meus filhos dizem que queriam alguma coisa que eu acho que é demasiado cara, digo frequentemente que eu também queria um Mercedes. Quando for rico e inventarem finalmente os bio combustíveis sustentáveis, vou comprar um.

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Lembram-se deste post? Pois o José Fanha veio à Feira do Livro da Praia da Vitória, na semana passada. Fui cumprimentá-lo e dizer-lhe que tinha sido meu professor, há mais de 30 anos, na Amadora. Foi uma intervenção muito interessante.

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Para acabar, uma fotografia que gostei muito de fazer, também na Praia da Vitória. A figura é a Madalena.

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Updates das crianças


O Lourenço na festa de aniversário de um amigo.


O Simão a dormir no "marsupial".


Uma "instalação" do Lourenço, no frigorífico.


As primeiras papas do Simão.

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The wind begins in a cave...

>> sexta-feira, novembro 05, 2010



The wind begins in a cave
Far to the North, a young god sleeps in that cave
He dreams of a girl
And he sighs
And the night wind stirs with his breath.

Bonito.
Via 6'8''

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Futuro Hospital de Angra do Heroísmo

>> quarta-feira, novembro 03, 2010


Find more videos like this on Açoreanos


Tomara que isto não seja ficção científica.
Via Juliana Couto.

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RRRR

>> quarta-feira, outubro 27, 2010

Reduce
Reuse
Recycle
Refuse



Não consigo entender com facilidade a forma como os industriais dormem sossegados sabendo que estão a tornar o mundo numa lixeira. Às vezes penso que é porque acham que não os vai afectar, que os problemas só serão verdadeiramente críticos quando eles já cá não estiverem.
É verdade que eu próprio, provavelmente, deixarei este mundo antes de termos conseguido destruí-lo de todo, mas o meu futuro já cá tem mais uns raminhos que irão herdar a porcaria que temos andado a fazer nas últimas décadas.
Será que os responsáveis pela lixeira não têm filhos? Estão-se nas tintas?
Como será que se convence toda a gente de que não podemos "consumir" desta forma?

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Ken Robinson animated

>> terça-feira, outubro 26, 2010



via A Barriga de um Arquitecto

As outras apresentações:



Os meus filhos, infelizmente, já estão na máquina de formatação, mas tomara que esta mensagem passe e que pelo menos os meus netos já possam florescer de uma forma menos industrial.

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Educação, de novo

>> terça-feira, outubro 19, 2010

Falava com o meu amigo Miguel, no FB, a propósito da educação (e de um texto meu que saiu hoje no jornal e que talvez me valha a expulsão da ilha) e enviei-lhe o link para esta apresentação de Sir Ken Robinson, da qual já falei noutro post. Eu acho que todos os profissionais da educação deviam ver este vídeo até o entenderem na sua totalidade. Aliás, agora até já está legendado em Português de Portugal.
Fui procurar o discurso de Abraham Lincoln, para perceber melhor o texto e encontrei:
"The dogmas of the quiet past, are inadequate to the stormy present. The occasion is piled high with difficulty, and we must rise -- with the occasion. As our case is new, so we must think anew, and act anew. We must disenthrall ourselves, and then we shall save our country."
Um dos meus maiores desejos nesta vida é que os responsáveis pela coordenação da educação dos nosso filhos percebam a responsabilidade que têm e o quanto esta visão da educação "orgânica" pode fazer a diferença.
Acordem! O passado foi lá atrás.

Aqui fica de novo, porque nunca é demais:

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Apoptose


Uma banda meio "dark", que me entusiasma. Não saberia explicar porquê.
Há uma parte do fluido dos humores que beneficia com a agitação que só este tipo de cantigas promove. Curiosamente, trabalho bem com estes gajos nos ouvidos.
Esta cantiga, particularmente, lembra-me o ambiente de um dos meus filmes de culto: Blade Runner.
Mais aqui e aqui (tão poderoso, que até o Avast acha que isto é virus!).
Mais informação sobre o álbum aqui.

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Um gato Coreano

Um gato Coreano.
Pela mão de dois arquitectos lusos cujo talento me esmaga (Álvaro Siza e Carlos Castanheira) e pela lente daquele que considero ser o melhor fotógrafo de arquitectura que conheço, Fernando Guerra, pois claro.

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Economia paralela

>> sábado, outubro 16, 2010

A propósito deste post, no "Seis Oito", lembrei-me de uma outra coisa que vi na ilha de Samso, na Dinamarca, e que também é economia paralela, embora não seja fuga aos impostos.
Os pequenos agricultores da ilha de Samso vendem os seus produtos na estrada, junto à entrada das quintas, expondo-os em caixas ou simplesmente no chão e recebendo o pagamento pelas hortaliças nuns simples mealheiros que se encontram dentro de uns casinhotos. Quem quer hortaliça para a sopa, chega lá, escolhe o que pretende, vê na tabela quanto custa cada coisa, faz as contas e coloca o respectivo pagamento dentro da caixinha. Não há facturas, nem balanças certificadas, nem IVA, nem complicação. O estado cobra uma espécie de licença a cada vendedor, onde se assume um determinado nível de proveitos, que toda a gente diz que é um décimo do real.
É uma actividade regulada, simples e que funciona bem para toda a gente.
Tentei imaginar este modelo no nosso Portugal e fiquei-me a rir para dentro.
O primeiro infeliz que se lembrasse de vender assim os seus legumes acordava na manhã seguinte e além de não ter lá os legumes nem a caixinha do dinheiro, tinha o fiscal do fisco a cobrar o pagamento especial por conta, o outro PEC que tanta mossa faz aos pequenos comerciantes.
Temos muito para andar até conseguirmos chegar à verdadeira democracia.
ZM

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Visita ao Algar do Carvão

>> domingo, outubro 10, 2010

Tal como disse noutro post, um dia desses fomos finalmente ao Algar do Carvão.
Apesar de já ter visto muitas fotos do local e de ter ouvido relatos de amigos que lá foram, a surpresa foi total. Quando desemboquei do túnel e entrei no Algar propriamente dito, caiu-me tudo ao chão. Aquilo tem uma beleza que não se consegue descrever. Vou tentar com imagens.
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O túnel de acesso.

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O primeiro impacto.

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A escada e a "bolha".

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A chaminé e a sua luz filtrada de verde.

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Outra vez a "bolha" e um desconhecido.

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As entranhas da terra.

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O guarda-chuva azul era a família em retirada.

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O exterior.

Este é um daqueles locais que é preciso visitar uma vez na vida. Ficamos a conhecer o aspecto do reino de Agartha. Fiquei verdadeiramente emocionado com o aspecto cénico deste poço ao interior da terra. Recomendo vivamente.

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Keeping out the giraffes

>> sexta-feira, outubro 08, 2010

"... spend money we don't have on things we don't need, to create impressions that won't last, on people we don't care about."



Recomendação: www.ecosia.com, um motor de busca "verde".

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Duas rápidas dos das pontas

>> quarta-feira, outubro 06, 2010

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Depois de uma visita ao já famoso Algar do Carvão, de que darei conta numa próxima entrada, registei esta do Simão, ao colo da mãe, dentro do carro.

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A Madalena a brincar com a água (como sempre), junto ao Pátio da Alfândega, numa hora de muito boa luz.

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No sorriso louco das mães

>> segunda-feira, outubro 04, 2010



No sorriso louco das mães batem as leves
gotas de chuva. Nas amadas
caras loucas batem e batem
os dedos amarelos das candeias.
Que balouçam. Que são puras.
Gotas e candeias puras. E as mães
aproximam-se soprando os dedos frios.
Seu corpo move-se
pelo meio dos ossos filiais, pelos tendões
e orgãos mergulhados,
e as calmas mães intrínsecas sentam-se
nas cabeças filiais.
Sentam-se, e estão ali num silêncio demorado e apressado,
vendo tudo,
e queimando as imagens, alimentando as imagens,
enquanto o amor é cada vez mais forte.
E bate-lhes nas caras, o amor leve.
O amor feroz.
E as mães são cada vez mais belas.
Pensam os filhos que elas levitam.
Flores violentas batem nas suas pálpebras.
Elas respiram ao alto e em baixo.
São silenciosas.
E a sua cara está no meio das gotas particulares
da chuva,
em volta das candeias. No contínuo
escorrer dos filhos.
As mães são as mais altas coisas
que os filhos criam, porque se colocam
na combustão dos filhos. Porque
os filhos são como invasores dentes-de-leão
no terreno das mães.
E as mães são poços de petróleo nas palavras dos filhos,
e atiram-se, através deles, como jactos
para fora da terra.
E os filhos mergulham em escafandros no interior
de muitas águas,
e trazem as mães como polvos embrulhados nas mãos
e na agudez de toda a sua vida.
E o filho senta-se com a sua mãe à cabeceira da mesa,
e através dele a mãe mexe aqui e ali,
nas chávenas e nos garfos.
E através da mãe o filho pensa
que nenhuma morte é possível e as águas
estão ligadas entre si
por meio da mão dele que toca a cara louca
da mãe que toca a mão pressentida do filho.
E por dentro do amor, até somente ser possível amar tudo,
e ser possível tudo ser reencontrado
por dentro do amor.


Herberto Helder

(Hoje deu-me p'r'aqui)

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Minha cabeça estremece



Minha cabeça estremece com todo o esquecimento.
Eu procuro dizer como tudo é outra coisa.
Falo, penso.
Sonho sobre os tremendos ossos dos pés.
É sempre outra coisa,
uma só coisa coberta de nomes.
E a morte passa de boca em boca com a leve saliva,
com o terror que há sempre
no fundo informulado de uma vida.

Sei que os campos imaginam as suas próprias rosas.
As pessoas imaginam os seus próprios campos de rosas.
E às vezes estou na frente dos campos
como se morresse;
outras, como se agora somente eu pudesse acordar.

Por vezes tudo se ilumina.
Por vezes sangra e canta.
Eu digo que ninguém se perdoa no tempo.
Que a loucura tem espinhos como uma garganta.
Eu digo: roda ao longe o outono,
e o que é o outono?
As pálpebras batem contra o grande dia masculino do pensamento.

Deito coisas vivas e mortas no espírito da obra.
Minha vida extasia-se como uma câmara de tochas.

- Era uma casa - como direi? - absoluta.

Eu jogo, eu juro.
Era uma casinfância.
Sei como era uma casa louca.
Eu metia as mãos na água: adormecia,
relembrava.
Os espelhos rachavam-se contra a nossa mocidade.

Apalpo agora o girar das brutais,
líricas rodas da vida.
Há no esquecimento, ou na lembrança total das coisas,
uma rosa como uma alta cabeça,
um peixe como um movimento rápido e severo.
Uma rosapeixe dentro da minha ideia desvairada.
Há copos, garfos inebriados dentro de mim.
- Porque o amor das coisas no seu tempo futuro
é terrivelmente profundo, é suave,
devastador.

As cadeiras ardiam nos lugares.
Minhas irmãs habitavam ao cimo do movimento
como seres pasmados.
Às vezes riam alto. Teciam-se
em seu escuro terrífico.
A menstruação sonhava podre dentro delas,
à boca da noite.
Cantava muito baixo.
Parecia fluir.
Rodear as mesas, as penumbras fulminadas.
Chovia nas noites terrestres.
Eu quero gritar paralém da loucura terrestre.
--- Era húmido, destilado, inspirado.

Havia rigor. Oh, exemplo extremo.
Havia uma essência de oficina.
Uma matéria sensacional no segredo das fruteiras,
com as suas maçãs centrípetas
e as uvas pendidas sobre a maturidade.
Havia a magnólia quente de um gato.
Gato que entrava pelas mãos, ou magnólia
que saía da mão para o rosto da mãe sombriamente pura.
Ah, mãe louca à volta, sentadamente completa.
As mãos tocavam por cima do ardor
a carne como um pedaço extasiado.

Era uma casabsoluta - como direi? -
um sentimento onde algumas pessoas morreriam.
Demência para sorrir elevadamente.
Ter amoras, folhas verdes, espinhos
com pequena treva por todos os cantos.
Nome no espírito como uma rosapeixe.

- Prefiro enlouquecer nos corredores arqueados
agora nas palavras.
Prefiro cantar nas varandas interiores.
Porque havia escadas e mulheres que paravam
minadas de inteligência.
O corpo sem rosáceas, a linguagem para amar e ruminar.
O leite cantante.

Eu agora mergulho e ascendo como um copo.
Trago para cima essa imagem de água interna.
- Caneta do poema dissolvida no sentido primacial do poema.
Ou o poema subindo pela caneta,
atravessando seu próprio impulso,
poema regressando.
Tudo se levanta como um cravo,
uma faca levantada.
Tudo morre o seu nome noutro nome.

Poema não saindo do poder da loucura.
Poema como base inconcreta de criação.
Ah, pensar com delicadeza,
imaginar com ferocidade.
Porque eu sou uma vida com furibunda melancolia,
com furibunda concepção.
Com alguma ironia furibunda.

Sou uma devastação inteligente.
Com malmequeres fabulosos.
Ouro por cima.
A madrugada ou a noite triste tocadas
em trompete.
Sou alguma coisa audível, sensível.
Um movimento.
Cadeira congeminando-se na bacia,
feita o sentar-se.
Ou flores bebendo a jarra.
O silêncio estrutural das flores.
E a mesa por baixo.
A sonhar.

Herberto Helder

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A Tasca do Americano

>> domingo, outubro 03, 2010

No dia em que fomos ao Pico Matias Simão, acabámos a comer uns petiscos e umas minis na Tasca do Americano, nas festas dos Biscoitos.
Este tipo de coisas é do melhor que os Açores (ou pelo menos a Terceira) têm para dar.
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Aqui temos o Lourenço a ser atendido pelo Americano. Quem diria que estamos nos Biscoitos, na ilha Terceira?

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O Simão também teve direito à sua "mini".

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Sistema de derivação eléctrica, infelizmente ainda não reconhecido pela ASAE nem pelo ISQ.

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A Madalena e o mano.

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Idem.

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Viagem a Samso

>> sexta-feira, outubro 01, 2010

Esta semana estive na ilha de Samso, na Dinamarca.
Aqui ficam algumas fotos de um lugar maravilhoso.
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Nascer do Sol no porto de Ballen.

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Energi Akademi. Um edifício sustentável, desde o ponto de vista energético, passando pela ventilação, aproveitamento de água da chuva e conceito de construção Cradle2Cradle.

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Idem.

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Conjunto de painéis solares térmicos, que fazem parte de uma central de rede de calor (district heating) alimentada a fardos de palha. Aquecimento central distribuído por várias povoações, a partir de fontes totalmente renováveis.

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Nordby

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Ainda Nordby

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A ilha de Samso é exportadora de electricidade e apenas tem fontes renováveis, maioritariamente vento. Claro que isso só é possível porque na mainland estão térmicas que anulam a variabilidade do vento. Nos Açores, isso não seria possível, porque temos redes eléctricas isoladas em cada ilha.

A galeria completa aqui.

Poderia ainda desenvolver a sensação que tive quando entrei, manhã cedo, no terminal 2 do aeroporto, depois de ter estado vários dias na verdadeira Europa, mas acho que o país já está suficientemente deprimido e eu não iria acrescentar nada.

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