Utopia ?
>> segunda-feira, novembro 05, 2012
Eu sei que faltam aqui umas variáveis, nomeadamente saber quem e como sustenta as funções sociais do estado numa economia descentralizada, mas num cenário de catástrofe económica ambiental e social, talvez valha a pena seguir este plano. Há muito que percebi que a fábula do crescimento eterno não tem um final feliz. Tem que haver outros caminhos.
2 comments:
Com a tua licença:
"Todavia o conceito de crescimento económico capitalista, utilizado pelas classes dominantes para confundir e controlar ideologicamente as massas, está condenado ao fracasso. Porque deliberadamente ilude o crescimento das assimetrias na distribuição de rendimentos entre países e entre classes sociais. E ilude também o facto insuperável que o crescimento material sem restrições, numa economia já globalizada, está limitado pelas capacidades do planeta Terra. A questão central que está colocada não é o crescimento económico permanente e universal, desligado e em contradição com o desenvolvimento socialmente necessário, mas sim a gestão racional e planificada dos recursos, de acordo com as necessidades de desenvolvimento económico e social, e a redução das assimetrias na distribuição de rendimentos num mundo profundamente desigual e injusto."
(das Teses em debate para o XIX Congresso do PCP).
Desculpa, mas achei que se adequava (adequa) inteiramente ao teu post.
Quanto a quem paga a resposta só pode ser "quem pode". Através de um sistema de impostos que dê expressão prática ao que está na constituição espezinhada mas em vigor:
"O sistema fiscal visa a satisfação das necessidades financeiras do Estado e outras entidades públicas e uma repartição justa dos rendimentos e da riqueza."
Repara: a CRP define o sistema fiscal como um mecanismo de "repartição justa dos rendimentos e da riqueza".
O que se passa hoje é o inverso absoluto. O sistema fiscal asfixia os mais pobres e permite aos mais ricos abocanhar, a preços miseráveis, as partes mais apetitosas do sector empresarial do Estado. Daqui a nada as funções sociais do Estado também.
É preciso fazer uma ruptura radical (na raiz) com este rumo...
May I be shallow? I wish I could draw like that!
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