Casas em Vale de Parra

>> quinta-feira, setembro 28, 2006

Há alguns anos, de passagem pelo Algarve, andámos a espreitar os Salgados (uma coisa absurda, de que talvez um dia volte a falar aqui). Já de saída tivémos este prémio de consolação junto a Vale de Parra.

Na altura eram apenas duas casas, e embora bastante diferentes, utilizavam a mesma linguagem. Achei-as muito interessantes.



Entretanto, no livro "Arquitectura em Lisboa e Sul de Portugal desde 1974" [Carsten Land, Klaus J. Hücking e Luiz Trigueiros - Editora Blau (2005)], encontrei recentemente uma referência a este conjunto de casas.



O projecto é de Jorge Guerreiro, Paulo Simões e Pascoal Santos, data de 1995, embora a construção seja mais recente. Actualmente já são 4 casas e aparentemente há mais para construir. Estão todas na mesma rua, na Urbanização Torre da Morena e são todas diferentes, mas à primeira vista parecem iguais. Acontece que usam exactamente a mesma estética, quase como se a cada morador tivesse sido dada uma caixa de Lego gigante e cada um tivesse construido como entendesse. Todas têm algumas "peças" amarelas, no resto são brancas. Os vãos a Norte, mais facilmente avistáveis da rua, são reduzidos, virando as casas para Sul. A volumetria é muito semelhante.
Parecem realmente fazer parte de um divertido jogo entre os moradores, cujo resultado é francamente positivo. Eu arriscaria dizer que quem lá mora são os seus autores.
Dá vontade de conhecê-las por dentro.
Já sabem, se passarem em Vale de Parra, têm lá com que se entreter. E seguindo a sugestão do Montanhacima, vão depois ao Cabanitas, no cruzamento de Vale de Parra. Parece que se come lá bem.
ZM

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Mourinho

>> domingo, setembro 24, 2006

O famoso José Mourinho comprou casa aqui mesmo ao pé. Parece que vai ser meu vizinho. Como devem ter visto no anúncio, o homem saltou de pára-quedas e aterrou directamente numa enorme moradia, que já se encontra à venda há alguns anos, com quase 1000m2 de área útil e 7.000m2 de terreno. Está à venda no site do BPI por 1.900.000 Euros, ou seja 380 mil contos.

Esta foto é da minha autoria.


Aqui vemos 2 aspectos do filme publicitário.


Este é o aspecto da casa vista do Google Earth.


A mim particularmente não me enche as medidas, mas gosto do arranjo do jardim e da forma como escondeu a casa criteriosamente, mantendo a vista para a serra de Sintra.

Se tiverem a carteira bem recheada, passem por lá, que está à venda.

ZM

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A praia

>> sexta-feira, setembro 22, 2006

Conheci a praia de S. Rafael, perto de Albufeira, nos idos de 1982. Os veteranos dessa praia diziam na altura que ela já tinha sido boa, que entretanto tinha sido descoberta e já estava cheia de gente. Eu achava-a um paraíso na terra. Para começar, adoro praias com rochas doiradas e água quente algarvia. As imediações são o ideal para quem, como eu, não tem pachorra para estar um dia inteiro espojado numa toalha de praia, sem dar umas voltas, de chinelo no pé pelas falésias. Estive mais de 10 anos sem lá voltar e agora acho-a definitivamente cheia de sopeiral. Fora isso, continua a minha prainha de eleição. Lá sinto-me finalmente em casa. Aqui ficam algumas imagens da primeira semana de Setembro, quando apesar de tudo as coisas já vão estando mais sossegadas.


Estas foram tiradas por volta das 07:30h da manhã, aproveitando o facto de ter acordado com o choro do minúsculo.










Estas já foram durante o dia, com um céu particularmente bonito.




Agora que o Verão já se foi, aproveitem os últimos dias quentes e passem por lá. Experimentem um peixinho fresquinho no restaurante da praia, se ainda estiver a funcionar.

ZM

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Evaristo, tens cá...

>> terça-feira, setembro 19, 2006

...um belissimo restaurante de praia.



Os arquitectos Carlos Lemonde de Macedo e Bernardo Daupiás Alves projectaram em 2001 um restaurante para a praia do Evaristo, perto da do Castelo, no Algarve. São vários corpos ligados por 3 águas, que se integram no local de forma exemplar.
Tem um ar muito leve, ligado a terra por um conjunto de vigas de madeira que são o prolongamento do telhado a Norte. Parece estar muito solto do terreno, como se apenas tocasse ligeiramente o solo. Foi construido com madeira branca e muito vidro.
O restaurante não tem propriamente ementa, come-se o peixe que houver. O ambiente é magnífico, como as fotos documentam. É um local longe da estrada, com os pés dentro de água e com muito espaço à volta. Parece-me o sítio ideal para levar crianças irrequietas como as minhas para jantar.
- Mãe, já posso sair da mesa?
- Sim filha, vai fazer castelinhos na areia, mas não te molhes!
É um belíssimo edifício, parece ser um extraordinário restaurante, numa das mais simpáticas prainhas da nossa costa Algarvia. Um local a descobrir.
Eu começaria por um Porto seco antes do por do Sol, seguido de uma sopinha de peixe enquanto o Sol se recolhia ao horizonte e entraria pela noite dentro com um robalo de mar bem grelhado no carvão, acompanhado de um vinho branco Planalto ou Eugénio de Almeida bem fresquinho (mantido num frapé). Terminaria com um Cheese Cake e um quente café (tudo na companhia da minha companheira de aventuras!). Não me sugiram mais nada, que nunca bebo alcool depois do café. Eu não cheguei a jantar lá, mas se tivesse jantado era assim.
Se lá forem, digam que foram da minha parte.
ZM

PS: o apoio de praia da praia da Galé, ali mesmo ao pé, também foi projectado pela mesma dupla de arquitectos. Ambos com a colaboração de Paula Ferreira, Carla Ferreira e Rui Gomes.

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Camaleão de imitação



Este ano, no Algarve, vi camaleões em dois sítios distintos. O primeiro era adulto e vi-o em Tavira, junto ao combóio que leva à praia do Barril. Na verdade foi o meu sobrinho Tomás quem o viu, que eu sou um bocado Magoo para tal feito. O segundo, este que a imagem documenta, vi-o em S. Rafael, perto de Albufeira. Estive com ele na mão, embora a mão que o segura na foto seja da Sra. Maria do Carmo (uma delicia de pessoa, que trata dos espaços ajardinados do aldeamento). Como podem ver o bicho era aínda juvenil.
Será isto um sinal de que o Algarve está saudável em termos ecológicos? Espero que sim.
Brevemente publicarei mais imagens daquela zona, incluindo a praia.

ZM

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Casa Branca pelos Bonecos de Bolso

>> sábado, setembro 16, 2006

O Pedro Cabral, dos Bonecos de Bolso, enviou-me estes 2 desenhos, na sequência da nossa visita à Casa Branca.





Aqui fica o sincero agradecimento do Arrumário ao autor dos desenhos.
Obrigado uma vez mais ao Martinho pela imensa simpatia.

O tempo está de feição, se for caso disso passem por lá.

ZM

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Simpática tertúlia

>> terça-feira, setembro 12, 2006

No Sábado passado, uma curiosa coincidência reuniu em minha casa o Pedro das Azenhas (agora de Nafarros) e a mulher, a minha vizinha Paula e o Martinho Pimentel (bisneto do Raúl Lino, com quem jantámos em Janeiro deste ano). Conversa puxa conversa, acabámos por ir fazer uma visita guiada à Casa Branca, uma casa de 1920, na falésia a Norte das Azenhas do Mar, também da autoria de Raúl Lino.
Aqui ficam algumas imagens que consegui registar apesar da escassa luz.



Como a companhia estava mais agradável que a temperatura, fomos aquecer-nos um bocadinho ao Branco Puro, no largo das Azenhas. Finalmente o Martinho convidou toda a gente para jantar lá em casa (na do Cipreste). O pessoal, pouco habituado a tanta simpatia, ficou tudo a olhar uns para os outros, ao que eu (o descarado do costume) disse que por mim tudo bem. E assim fomos continuar a tertúlia lá em casa até de madrugada.
Voltámos a jantar iluminados por velas, com um cenário magnífico nas janelas, envoltos na magia daquela casa com quase um século de existência. Há uma vibração naquelas paredes que ultrapassa o que estamos habituados a compreender. Ter juntado um grupo de pessoas tão agradável à volta daquela mesa cheia de boa energia foi um privilégio que é difícil de esquecer.
Aqui ficam algumas fotos do evento.





Obrigado Martinho. Obrigado a todos os companheiros de tertúlia, embora a Madalena pudesse ter-se portado melhor :-)

ZM

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Um diamante atlântico

>> segunda-feira, setembro 11, 2006

Deu recentemente à estampa o terceiro livro de arquitectura das edições FG+SG, ou seja Fernando Guerra e Sérgio Guerra. Desta vez o protagonista é o fabuloso e premiadíssimo projecto Centro das Artes | Casa das Mudas, do arquitecto Paulo David, na Calheta, Madeira.
A minha apreciação sobre este projecto, infelizmente assenta exclusivamente nas fotografias do Fernando Guerra, uma vez que não tive ainda a sorte de o visitar ao vivo. Posso-vos dizer que assim que tiver oportunidade voarei para a Madeira com o objectivo prioritário de correr à Calheta e babar-me de contemplação.

Este edifício parece ter estado sempre ali, como se fosse fruto de uma erosão genial que o lapidou no rochedo. Parece ser ele próprio feito em rocha, com uma tal perfeição na harmonia dos volumes que o constituem que me é impossível imaginar o que lá estava antes dele. Uma das obras de arte que faz parte da exposição permanente deste Centro é o horizonte e o mar, servido em diversas molduras/vãos criteriosamente estudadas para se assemelharem a pinturas.
Parece tratar-se de um volumoso bloco de rocha, de onde foram vazados caminhos de circulação e rampas – talvez uma herança das famosas levadas que serpenteiam no interior da ilha – criando recantos simultaneamente acolhedores e abertos para o mar, onde deve apetecer ficar eternamente com os olhos postos no horizonte atlântico.

O livro retrata um dia passado no Centro, do nascer do Sol ao anoitecer. Contém textos de diversos autores, nomeadamente o próprio Fernando Guerra, Alexandre Melo, Ana Vaz Milheiro e José Mateus. É um pequeno livro (cerca de 13 por 18 cm, que é ligeiramente inferior ao A5), de resto exactamente igual aos outros 2 da mesma colecção (Centro de Espiritualidade do Turcifal e Conservatório Regional de Música de Vila Real), desta vez com as fotografias num papel mais baço do que as anteriores, o que lhes dá um aspecto mais real e cores provavelmente mais fieis.
Existe no final um pequeno dossier com a ficha técnica do projecto, plantas e cortes, que permite compreender bastante bem a distribuição dos diversos espaços.

As fotografias do Fernando Guerra têm sempre muito céu e forte presença humana. O céu dá-lhes luz e fá-las respirar. As pessoas conferem escala e vida aos projectos. Muitas vezes movimentam-se enquanto a foto é registada, tornando-se uns borrões humanóides que acrescentam alma às imagens. Neste livro há um novo elemento muito forte: o mar. Vamos passando as folhas e cola-se-nos à pele dos dedos o cheiro da maresia.

Percorrer estas pequenas páginas dá-me vontade de apanhar o primeiro avião para a Madeira, aterrar na Calheta e sentar-me num daqueles bancos, frente ao Oceano até me saciar do horizonte ou até me diluir na poalha das ondas, tornando-me eu próprio uma das sombras que habitam a lente deste talentoso fotógrafo.

Finalmente, o livro poderá ser adquirido no site http://www.ultimasreportagens.com/loja/
O preço é uma agradável surpresa: 12 € com os portes incluídos.

O primeiro livro desta colecção já esgotou, pelo que é melhor apressarem-se.

Se for caso disso passem por lá e depois digam-me qualquer coisa.

ZM

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