Pelos ares

>> terça-feira, agosto 29, 2006

O que segurará, na ponta da linha, esta atenta e concentrada controladora?






















Adivinharam, é o seu novo papagaio de papel (actualmente é mais de nylon).

Lembro-me dos primeiros papagaios que fiz, há muitos anos, com finas canas cuidadosamente cortadas a meio, no sentido longitudinal, que faziam a estrutura para um losango de plástico ou papel transparente e que precisavam sempre de uma longa cauda para não andarem às voltas como um pássaro atingido numa asa.

Estes modelos modernos são mais fáceis de pilotar e de lançar. Basta um sopro constante e é só deixá-los ir. Já não é preciso correr pelos campos tentando que o bicho suba nos ares até se fixar nas camadas de ar mais altas e menos turbulentas.

Parece-me contudo que é o tipo de brinquedo que fascina mais os pais do que os garotos. Talvez por ter sentido a dificuldade de pilotar os velhos papagaios pesados de papel e cana, acho fascinante a simplicidade com que conseguimos elevar nos céus uma "máquina" tão bonita e colorida.
Não faltou a pergunta inevitável:
- E se eu fosse lá no papagaio?
Acho que é uma ideia que nos passa a todos pela cabeça.

O Arrumário está de férias, mas talvez vá dando notícias como esta de vez em quando.

ZM

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Ria Formosa II

>> terça-feira, agosto 22, 2006

Mais algumas imagens do aldeamento de Pedras D'El Rei, praia do Barril e Tavira.

Este é o comboiozinho que leva as pessoas até à praia, depois de se ter atravessado a pé uma divertida ponte por cima da ria, que faz lembrar as pontes himalaia.

Esta é a Praia do Barril, num dia em que o céu esteve cinematográfico.


Quem no Algarve não repare nas chaminés, é melhor trocar de óculos.



Não podia deixar de dar alguma atenção à arquitectura local. Esta última foto é em Tavira propriamente dita.

Se ainda tiverem férias, aproveitem as promoções fim de estação dos aldeamentos aqui da zona.

ZM

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Ria Formosa - I

>> segunda-feira, agosto 21, 2006

Passei o fim-de-semana com os pés de molho na Ria Formosa, um local que não conhecia. Estive alojado perto de Pedras D'El Rei, fomos à praia do Barril e percorri uma parte da Ria mesmo junto à água. Para já deixo aqui uma série de fotos que me deram um gozo particular a fazer. Fiquei encantado com o ambiente do local. Só lamento as toneladas de lixo que cobrem toda a margem.










ZM

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Domingo na Serra

>> sexta-feira, agosto 18, 2006

Domingo passado andei por Sintra. Primeiro fui ao Penedo da Amizade. De regresso à Vila registei esta foto:

Depois fomos às compras a Almoçageme. Para comprar legumes e fruta de qualidade, ao Domingo, nada melhor que uma visita ao Senhor Dias, bem no centro da aldeia.

Enquanto tomava conta do Lourenço, à porta do Sr. Dias, tirei-lhe mais 2 fotos.



Já à noite abrimos uma garrafa que estava lá em casa a estragar-se, de um tinto de origem caseira, feito na Atalaia, a quinta dos pais da Sara.

Deve ter sido um excelente vinho caseiro, mas provavelmente a rolha não era grande coisa e sabia mais a rolha e a fumo do que a vinho propriamente dito. No entanto fiquei com a sensação que se tivesse sido consumido a tempo talvez fosse um belíssimo tinto alentejano. Pode ser que volte a provar outro exemplar mais bem conservado. Aqui fica o nosso obrigado à Sara e Companhia.

Se precisarem de mão de obra para a próxima vindima, podem contar com a nossa força braçal. O pagamento poderá ser feito em garrafinhas :-)

Bom fim-de-semana.

ZM

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A Confraria da batata frita

>> quarta-feira, agosto 16, 2006

Há um pequeno bar, algures na costa, entre a Ericeira e Peniche, que se vem tornando um lugar de culto de uma (felizmente ainda) pequena confraria, que lá se delicia com as melhores batatas fritas do mundo, um peixe de que me falaram maravilhas e uma paz que já começa a ser difícil de encontrar no nosso litoral, sobretudo em Agosto.
A primeira visita é um ritual iniciático, só sendo franqueada a entrada a quem se fizer acompanhar de um veterano, coisa que eu próprio ainda não sou, pelo que não posso revelar o local exacto deste paraíso. Aqui ficam algumas imagens, que dão bem conta da beleza do local, particularmente naquela hora mágica em que o Sol mergulha no mar, mesmo em frente dos nosso olhos.



Quem esperasse uma decoração tipo "Aqui há peixe", vai ficar desiludido. Aqui impera o barato, do aspecto à conta, passando pela mobília. O Lourenço não se importou de aviar o seu biberão das 20:00h à mesa da tasca.

Comemos diversas carnes grelhadas, porque à segunda-feira não há peixe (ao contrário do outro). Tudo acompanhado das tais batatas fritas que não podem ser deste mundo. Vêm para a mesa bem quentes, mas secas e apenas ligeiramente estaladiças, no grau de compromisso ideal entre aquelas que parecem cozidas (e encharcadas em óleo) e as outras que nos cortam o céu-da-boca quando as mordemos. Têm aquele gosto a sal que só tinham as batatas da minha avó, embora o sal propriamente dito não se veja. Quem lá vá e coma apenas batatas fritas, empurradas com sagres geladinhas já não dará a diáspora por perdida.

O ambiente é o que as imagens documentam. Não há electricidade, por isso a embirrante e omnipresente televisão não tem lugar. Quando o Sol se deita, aparecem os candeeiros a gás, que dão uma luz quente e agradável. Dá vontade de ficar ali muito tempo.

Mesmo antes de vir embora, tivemos a última surpresa da noite. Tínhamos comido e bebido até fartar, desde pão e azeitonas até ao arroz doce e café (neste caso solúvel por falta de corrente eléctrica), passando pelas grelhadas de todo o tipo e pelas batatas fritas do Olimpo, tudo isto com o mar à frente. Quando a conta aterrou na mesa, julguei que se tinha enganado no aeroporto, mas não, aquela era a nossa conta. Nada mais, nada menos que 8.50€ por pessoa.

Ficam sem saber ao certo onde é esta maravilha, mas pelo menos já sabem que existe. Se procurarem bem, certamente merecerão encontrá-la.

Se for caso disso, passem por lá, mas não digam a ninguém onde fica…

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O futuro está já aí

>> quarta-feira, agosto 09, 2006

Finalmente apareceu a tão esperada Nikon D80. A grande novidade, para além dos inúmeros melhoramentos relativamente à mana mais velha D70s, é o facto de suportar praticamente qualquer lente Nikon existente.

Como faço anos em Novembro, fica desde já aqui a sugestão :-)
ZM

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O dia da Vespa

>> terça-feira, agosto 08, 2006

No Domingo fomos escalar a Montejunto Novo.
Com o calor que estava, nada como ir escalar para o frigorífico nacional. Mesmo assim, a coisa não estava para graças.

Marisa a por a corda no top d'"O Regresso dos Dementes" - um dos meus próximos objectivos.
Trouxe para aqui duas fotos que tirei do blog da tia Marisa, representativas do que por lá se fez. Só faltava um close-up de uma das inúmeras vespas que passaram o dia a tentar afiambrar-nos. Quando já nos preparávamos para voltar ao carro, uma delas finalmente conseguiu, tendo ferrado no sovaco (?) da Raquel. Felizmente a reacção não foi das piores e 1 hora depois já não se passava nada.

Quem esteve pouco confortável com o calor foi o Lourenço, que passou grande parte do dia a choramingar.
Quanto às vespas, aínda tivémos oportunidade de ver passar um desfile delas lá em baixo na estrada, mas desta vez, a motor e com condutor de capacete.
Já em casa, pela hora do jantar, preparávamo-nos para saborear umas deliciosas postas de bacalhau assado, com poejo do meu quintal, quando fomos de novo atacados por uma vespa das que voam e picam. Como já tinhamos tido uma má experiência fomos para dentro de casa e jantámos com o Dum-dum encostado à travessa.
Entretanto, no regresso a casa, um objecto pequeno e contundente bateu-nos no vidro do Kangoo, partindo-o de imediato. Estou cá desconfiado que era uma vespa equipada com uma ogiva nuclear!
Raios partam as vespas.
ZM

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Minto até ao dizer que minto

>> segunda-feira, agosto 07, 2006

A revista Visão está a promover um conjunto de 4 pequenos livros, sendo que o último que saíu (a 4 de Agosto) é de um autor por quem tenho uma profunda admiração: José Luís Peixoto.

Comprei-o há bocadinho, por isso ainda não tive tempo de o terminar (é tão pequeno que não levará mais de 30 minutos a ser devorado), mas o que já li deixou-me um alegre sorriso nos lábios. Desta vez JLP entra no registo do humor e da ironía, com a qualidade a que nos habituou.
Um pequeno exemplo:
"Os autocarros a passarem vazios nas ruas - os motores dos autocarros vazios fazem um som completamente diferente do que quando vão carregados de pessoas maldispostas."

"O taxista inclinava-se todo na direcção do espelho retrovisor para olhar para trás, e olhava para mim, e sorria debaixo do bigode. No seu rosto, era como se fôssemos companheiros de roulotte e bebêssemos cervejas pela garrafa e mastigássemos uma bifana. Era como se estivéssemos juntos no mecânico, no barbeiro, coçássemos as partes por cima das calças e palitássemos os dentes com beijinhos. Era como se disséssemos as gajas."

O preço, uma agradável surpresa: 3.70€.
Corram às bancas, que aínda lá encontram muitos.
Um delícia.
ZM

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