Escalada

>> segunda-feira, outubro 31, 2005

Ana Marisa Correia fotografada por mim, na via Bébé, no Penedo da Amizade, em Sintra.


Como se voasse...

ZM

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Casa do Cipreste

Aproveito para publicar uma fotografia que me foi enviada há tempos por José Luís Martins, um leitor do Arrumário. Trata-se de um vitral da Casa do Cipreste, obra maior do arquitecto Raúl Lino. Vem deste pequeno poema a simbologia que deu nome à casa.


Obrigado José Luís.

ZM

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Paço Real de Sintra

No Sábado passado fui finalmente ver a exposição sobre Raúl Lino no Palácio Nacional de Sintra. Com não podia deixar de ser lá fui tirando algumas fotos clandestinas.



Esta é de uma das chaminés, vista do lado de dentro. Como diria o Eça, estas chaminés são "colossais, disformes, resumindo tudo, como se esta residência fosse toda ela uma cozinha talhada às proporções de uma gula de Rei, que cada dia come todo um reino."

Quanto à exposição propriamente dita, não atingiu as minhas expectativas. Gostei particularmente do filme documentário sobre a vida e obra de Raúl Lino. Seria bom que a CMS o editasse em DVD, se não o fez já. Pareceu-me um excelente documento.

Se aínda tiverem tempo, passem por lá.

ZM

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Nafarros

>> quarta-feira, outubro 26, 2005


Quinta verde - Nafarros - nascer do Sol
photo by zm - Nikon Coolpix 5400
1/171 - F4.4 - f21.1mm - Iso100

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Aires Mateus II

>> terça-feira, outubro 25, 2005

Um post que explica muita coisa:
Aires Mateus e a Agenda Conceptual , no Complexidade e Contradição.

Leiam tudo, que vale a pena, mas aqui fica um excerto revelador:
"O que justifica esta exposição é a qualidade destes conceitos, desta obessão. É impossível ficar indiferente a força gráfica e formal desde conjunto de obras. Manuel e Francisco Aires Mateus apresentam uma obra do seu tempo, o tempo da rápida comunicação das coisas. Um conceito, uma ideia, um gesto. Ponto final, está feita a obra. Nada pode ser supérfluo, nada pode ser redundante, nada pode ser desperdiçado, nada pode ser marginal. O que resulta nos tais objectos fechados, puros, intocados, museológicos. Esta escolha tão radical é simultanemente a maior força e a maior fragilidade da obra arquitectónica da dupla Aires Mateus."

Uma outra ajuda importante, o recente site dos irmãos Aires Mateus: http://www.airesmateus.com/

ZM

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Sintra - Vila Velha


Vila de Sintra
Foto by zm
Nikon Coolpix 5400 - 1/553 - F5.5 - f19.8mm - ISO100
Crop - Levels - Channel mixer - USM


Vila de Sintra
Foto by zm
Nikon Coolpix 5400 - 1/805 - F5.0 - f15.6mm - ISO100
Crop - Contrast mask - Levels - USM

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Aires Mateus

>> segunda-feira, outubro 24, 2005


Foto feita por mim dentro de uma maquete da casa de Alenquer, na exposição do CCB

Tenho com a arquitectura dos irmãos Aires Mateus uma relação complicada. Acho os projectos inovadores, belíssimos do ponto de vista formal, mas por mais que procure entendê-los, nunca ou quase nunca consigo imaginar-me a habitar os espaços que inventam. Tenho-me identificado mais com os edifícios públicos (Bilbioteca / Centro de Artes de Sines, Reitoria da Universidade Nova de Lisboa) do que com as casas particulares.

Reitoria da Universidade Nova de Lisboa

Eu, como muitos dos leitores já saberão, gosto de casas viradas para a rua, gosto do Sol dentro de casa, gosto de poder descansar a vista no infinito da paisagem sem ter que ir ao exterior. De resto, como também já referi noutras ocasiões, dou muita importância aos ganhos solares e ao arejamento natural das casas, razão pela qual sou defensor dos conceitos bioclimáticos de grandes vãos a Sul, Sol directo no interior durante o Inverno, janelas em todos os compartimentos, etc. Ora, a arquitectura dos Aires Mateus é o oposto desta lógica de habitar. É frequente encontrarmos volumes sem qualquer abertura directa para a rua, dando todas as janelas para pátios. Encontramos frequentemente projectos em que as casas de banho, embora encostadas a paredes exteriores, não têm janela. Assim, embora a arquitectura Aires Mateus me fascine pelas formas, pela escultura, pela beleza, repugna-me em tudo o que é funcional.
Alguns exemplos:
Na Casa de Alenquer, os arquitectos aproveitaram os muros da ruína existente e construíram a casa nova lá dentro. Muitas das janelas da nova casa dão para os muros (com 2 andares de altura) da ruína anterior. A própria piscina está entaipada nos muros da ruína. Parece-me que são raras as janelas de onde podemos ver a rua a não ser por breve relance, num ângulo muito estreito. No entanto, se pusermos de lado o desconforto que essa situação causa (pelo menos a quem como eu precisa de ar e espaço aberto) a casa é de uma rara beleza. Já recebeu alguns prémios.

Foto do exterior sufocante da casa de Alenquer

Na casa Barreira Antunes, no Alentejo, temos mais uma vez um elegante volume cego a decorar a paisagem, mas eu não queria lá viver.
Na casa de Azeitão, construíram uma casa dentro de um armazém de vinhos. Para isso penduraram os quartos todos junto ao telhado, deixando a área do chão totalmente aberta. Pareceu-me de início um conceito revolucionário e interessante, mas acontece que os volumes pendurados são todos cegos. Quase não têm janelas para o exterior e, sobretudo, não têm aberturas para o interior, além das portas de acesso. Não consigo evitar sentir-me sufocado dentro deste tipo de espaço.

Foi com grande expectativa que me dirigi ao CCB para tentar compreender melhor estes projectos que me causam tanta confusão. O que lá encontrei foi uma exposição muito bem montada, mas que quase nada acrescentou ao que eu já conhecia do trabalho desta dupla. As maquetas apresentadas são umas belas esculturas, mas deviam ser acompanhadas por muito mais informação exposta para se tornarem didáticas. Algumas delas representam o negativo do espaço da casa, mas isso não é muito fácil de entender. As plantas têm umas zonas a negro, de difícil leitura e cujo critério não consegui atingir. Praticamente não estão expostas fotos ou alçados. Ficamos sempre sem saber como é que aquilo será ou está construído de facto.

Parece-me que esta arquitectura merecia uma apresentação mais cuidada e talvez mais virada para o público comum. Num país em que por todo o território pululam como cogumelos os exemplos do português suave, parece-me que se devia tentar tornar este tipo de exposição mais abrangente. Quem não esteja muito motivado para os modernismos da arquitectura não vai sair deste evento muito convencido. Acho que foi um mau serviço prestado a um par de arquitectos que, a julgar pela aceitação internacional, merecia muito mais.

Eu esperava ter saído do CCB reconciliado com a arquitectura dos Aires Mateus, mas fiquei na mesma ou pior. Talvez me falte algum conhecimento académico, mas estas não são definitivamente as minhas casas de sonho.

Se for caso disso passem por lá e depois venham cá dizer-me em que é que eu estou errado.

ZM

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Mais Raúl Lino

>> domingo, outubro 23, 2005

Um leitor anónimo informa que irá decorrer uma confeência sobre a arquitectura de Raúl Lino, no próximo dia 28 de Outubro (próxima sexta-feira), pelas 17:00h, no Palácio de Valenças (antiga biblioteca de Sintra). A entrada é gratuita.

Trago aqui o seu comentário que de outra forma se perderia:
"Mais uma vez “O Simpático Anónimo”, agora para dar a conhecer que no âmbito da exposição está a haver umas conferências sobre Raul Lino pode ser interessante para quem se interessa por discutir o que foi e deve vir a ser a Nossa Arquitectura.
Para mais informações ver em: http://www.cm-sintra.pt/NoticiaDisplay.aspx?ID=3865
Já agora obrigado pela classificação de “Simpático Anónimo”."


Agradeço a informação e desafio-o a assinar os seus comentários, deixando de ser anónimo.
Obrigado.
ZM

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A-Das-Lebres - Loures

>> sexta-feira, outubro 21, 2005


Foto by zm
Nikon Coolpix 5400
1/330 - F5.8 - f16.7mm - ISO100
Crop + USM



Foto by zm
Nikon Coolpix 5400
1/127 - F6.5 - f24mm - ISO100
Crop + USM

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Hare Krishna

>> quinta-feira, outubro 20, 2005

O facto de ter que permanecer no escritório todos os dias úteis, das 09:00h às 17:30h, faz-me sentir particularmente feliz quando me apanho na rua num desses periodos. Sempre que estou na rua durante a semana sinto-me como um puto a fazer gazeta às aulas.
Ontem fui à maternidade ver a Eva, que nasceu no dia 18 (os bebés cada vez nascem mais perfeitos e bonitos. A Eva, particularmente, parece ter nascido já com 3 meses e é de uma beleza de capa de revista). Como as visitas só começam às 14:00h, aproveitei para ir almoçar ao mais barato "restaurante" vegetariano de Lisboa: o templo Hare Krishna.

Já lá não ía há largos meses, mas achei que está melhor do que nunca. Podem ver aqui uma imagem da apetitosissima refeição: sopa, Kofta, sumo e sobremesa, tudo à descrição = 6 Euros. Mais barato que isto só n'América.

Depois do almoço, como aínda faltava algum tempo para as 14:00h fomos ver a cidade. Aqui fica uma nota surpreendente:


Como já disse outras vezes, Lisboa é uma cidade apaixonante quando não temos que lá ir. Ver Lisboa com olhos de turista, mas conhecendo-a como conheço é um grande privilégio e um intenso prazer.

Quanto ao templo Hare Krishna, encontram-no na Rua da Estefânia, nº 91 R/C. É um prédio velho, amarelo, e tem um páteo interior que é um luxo.

Se querem experimentar uma refeição vegetariana barata passem por lá.

ZM

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Cabo da Roca

>> segunda-feira, outubro 17, 2005


Que o Cabo da Roca é um lugar mágico já toda a gente sabe, a menos que nunca tenha lá ido. Que por vezes é um lugar de romaria também já muitos saberão. Que pode ser um verdadeiro espectáculo, com aplausos e tudo, isso eu só soube no dia 5 de Outubro passado.

Nesse dia, estávamos a combinar um jantar ali na zona quando olhei para o Sol, que se aproximava já do horizonte, a caminho da cama, e lembrei-me de ir ver o pôr do Sol ao Cabo da Roca. Privilégios de quem escolheu morar banhado pelo feixe do farol...

O que me surpreendeu, já que não era a primeira vez que lá ia com aquela intenção, foram os magotes de gente que lá estavam exactamente com o mesmo propósito. Sentados no muro ou do lado de lá deste, havia uma imensa quantidade de gente que apenas olhava para o Sol. À medida que este foi descendo na sua rota para o outro lado do globo as conversas foram baixando de tom. Durante os breves minutos em que a bola laranja já estava cortada pela linha longínqua do horizonte, fez-se praticamente silêncio. Estava de arrepiar, e não era pelo frio.

A quantidade de máquinas fotográficas por metro quadrado superava a densidade da Moda Lisboa. No final, houve um grupo de espanhóis que aplaudiu e tudo!

Saímos dali com a estranha sensação de termos participado num ritual iniciático. Magia para o jantar.

Se for caso disso, passem por lá um dia destes.


ZM

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Extintores

Este ano fui nomeado bombeiro da equipa de intervenção da empresa. Na semana passada fomos fazer uma formação de utilização de extintores na Escola Nacional de Bombeiros.
Foi muito interessante e acho uma formação importante para qualquer pessoa que nunca tenha manejado um extintor, como era o meu caso.

Não sei se são todos assim, mas os nossos formadores eram bastante competentes e profissionais, transmitindo grande confiança aos formandos.

Conseguimos apagar com simples extintores domésticos fogos que eu só tinha visto em filmes de acção americanos.

Fica aqui a minha homenagem ao surpreendente profissionalismo destes formadores. Se esta escola formasse tão bem os bombeiros, nesta e noutras matérias, como nos formou a nós, certamente o combate aos incêndios seria uma tarefa mais coordenada e eficaz.
Um último aviso: don't try this at home!
ZM

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Moby

>> quinta-feira, outubro 13, 2005


A música de Moby tem qualquer coisa de mágico, não sei se é a ligação que ficou com o imaginário de "A Praia" ou se é a mesmo o som que me faz viajar. Quando estou no escritório e começo a sentir-me preso, ponho os headphones e oiço o "18". É um album fora de série. Recomendo as cantigas "Signs of Love" e "18". Começo logo a pairar e já trabalho com outra leveza e desenvoltura.

Se fosse publicitário, diria:

MOBY DÁ-LHE ASAS!

ZM

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Monserrate II

>> terça-feira, outubro 11, 2005

Desde a última visita que fiz a Monserrate, fiquei sempre com a intenção de lá voltar para ver o interior do Palácio. Este Sábado, fiz-me à estrada e, como moro perto, cheguei lá por volta das 10:00h da manhã, o que dá direito a visita guiada sem marcação.
As plantas que cobrem o lago da Cascata têm esta flor que parece a parte de trás de uma seta
A primeira coisa que ficámos a conhecer foi o Monserrate, o cão adoptado pelo pessoal da quinta, que é um bocado arisco, mas parece muito feliz com a sua nova casa. E não é caso para menos.
Aqui vemos o Azevinho
Depois iniciámos uma longa visita ao jardim, com explicações muito competentes e interessantes sobre cada planta, árvore ou arbusto que encontrávamos pelo caminho. Deixo aqui algumas imagens das muitas plantas que por lá se podem ver.

Aqui podemos ver a M. a experimentar abraçar as costelas de Adão.

Aqui temos um feto arbóreo. Sabiam que estas plantas já existiam no tempo dos dinossauros?

Esta borracheira um dia destes vai esborrachar a pobre ruína romântica que lhe serve de sustentação. As suas raízes aéreas, de resto, são de uma beleza singular.

O Palácio, visto a partir da Araucária que lhe está a poente.
Esta é uma árvore fantástica. Dizem que tem cerca de 50m de altura (eu acho um pouco de exagero, mas é muito alta).

Uma estrelícia já nos canteiros da entrada poente.

O corredor que leva ao torreão Norte, visto da fonte, na entrada do palácio. Toda a luz que se vê nestas próximas imagens é a luz do dia. Não há nenhuma fonte artificial de luz. Nesse aspecto este palácio é um poema arquitectónico.

Por cima da fonte da entrada temos este tecto magnífico. Mais uma vez, não há aqui outra luz que não a do Sol. No andar de cima temos uma espécie de mezaninne redonda que percorre toda a periferia deste poço.

Estas são as clarabóias que iluminam os corredores. A parte vermelha que se vê em redor delas é uma camada de chumbo que torna os telhados impermeáveis. Este chumbo foi outrora vendido por um leiloeiro que deitou as mãos a este palácio e cuja família ainda hoje deve carregar o desgosto e a vergonha de descenderem desse criminoso. Acontece que vendeu todo o recheio do palácio e toda a cobertura de chumbo que o isolava da intempérie, votando-o à desgraça em que se encontra. Felizmente esse problema já está hoje corrigido, mas o interior apresenta profundas cicatrizes das mazelas desse longo periodo de destruição.

É verdade que a personagem não é propriamente um exemplo de estatura média da população, mas dá na mesma para ver a grandiosidade dos espaços. O ambiente interno é mágico e faz sonhar com os tempos em que os Cook passavam por ali os Verões.

Aqui vemos o impressionante trabalho em alabastro que ornamenta toda a mezaninne de que falei atrás. Se isto não é um poema, o que será?

Este é o poço de uma das escadas que levam ao 1º andar. É uma escada imponente, sem qualquer apoio para além das paredes deste poço. Além de ser belíssimo é notável como engenharia. Optei por deixar as partes brancas depois de rodar a foto, para não se perder o efeito de espaço. É que tive que poisar a máquina sabe-se lá onde e não deu para compor melhor.

Tecto do torreão Norte. É um espaço muito bonito, cheio de luz. De algumas das janelas vejo a minha casa.
Por enquanto a visita deixa de fora muitas áreas onde eu gostaria de ter entrado, mas vale bem o esforço. Se forem municipes pagam apenas 4.5€, não se pode considerar caro.
É daqueles lugares onde gostaria de ser deixado ao nascer do Sol, com uma máquina fotográfica e um tripé. Não precisava de mais nada senão umas bolachinhas, água e uma dúzia de rolos Velvia 50. Era até ser de noite. Apetece espreitar cada recanto, vaguear ao sabor da imaginação, sentindo a presença dos antigos habitantes. Deambular por ali à vontade seria uma grande emoção.
Apreveitem as visitas das 10:00h da manhã. Não é assim tão cedo e, no meu caso, eramos apenas 4 adultos, uma meia-dose e a guia do Monte da Lua.
Passem por lá e depois contem-me como foi.
ZM

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Ruínas

>> sexta-feira, outubro 07, 2005

Eu ignoro qual é o orçamento da Câmara Municipal de Sintra e quanto teria que ser gasto para recuperar ou dar uso à quantidade imensa de património particular e do Estado que se encontra em ruínas na zona de Sintra, mas parece-me que os edifícios devolutos crescem como cogumelos e cada vez se vêm mais ruínas perdidas pela serra e arredores.

Vem isto a propósito de um pequeno desvio que fiz um dia destes no meu caminho, para ver o que se passava com a Pousada de Juventude de Sta. Eufémia, que tem a indicação cortada com uma cruz, na entrada para o largo da feira de S. Pedro. Quando lá cheguei, confirmei a suspeita de que a Pousada está encerrada.

É um local magnífico, como podem ver pelas imagens. Já há muito que tudo aquilo estava bastante em ruínas, à excepção de umas casas que parece que são utilizadas pelo pessoal do Parque Natural e da Pousada propriamente dita, que aínda parece em bom estado.

Em qualquer outro lugar civilizado, este edifídio seria um procuradíssimo refúgio de montanha, de onde se poderiam iniciar inúmeras actividades. Mesmo em frente à porta da Pousada existe um portão que leva directamente ao Parque da Pena. Porque não abri-lo e fazer ali uma entrada para o Parque? Talvez se houvesse uma ligação entre uma coisa e outra, tudo aquilo tivesse mais procura e animação.

Consta que a CMS adquiriu recentemente a Quinta da Amizade. Trata-se de uma propriedade que está encostada ao Penedo da Amizade, no entanto tornaram o Penedo inacessível por essa via. O Parque das Merendas, que toda a vida foi o acesso privilegiado para o Penedo da Amizade, está agora "recuperado" e deixou de servir como acesso. Não sei porquê, mas desconfio que a Quinta da Amizade não vai ser lá muito aproveitada.
Há tantas associações na zona de Sintra que podiam usufruir destes espaços e está tudo a encerrar ou a caír aos bocados.
A Pousada dava, por exemplo, um óptimo refúgio de montanha, como os há às dúzias por esse mundo fora, em lugares muito mais inacessíveis do que este, com espaço para se fazer um luxuoso centro de formação para desportos de montanha. Querem contactos?
Federação Portuguesa de Montanhismo e Escalada
Grupo de Montanha e Escalada de Sintra
Associação Desnivel (parece-me que têm um centro de formação no papel, mas aos caídos em termos de instalações)




Entretanto, já com este desgosto nos olhos, segui viagem até uma outra ruína onde passo frequentemente, como se fosse um local de culto. As 2 fotos que apresento aqui foram tiradas no mesmo lugar. A vista sobre a serra é de cortar a respiração. A ruína que sínda se pode aqui ver será pó dentro de pouco tempo. Pergunto-me muitas vezes o que faz um proprietário manter a posse de um terreno destes sem o utilizar ou vender. É precisa muita teimosia ou estupidez. A zona de Sintra está cheia de uma e de outra.



Apesar do estado calamitoso, são 2 lugares que vale a pena visitar. O primeiro sabem como lá ir, é só subir para Santa Eufémia e virar à direita onde está aínda a indicação da Pousada de Juventude. O segundo fica para mim. É um secret spot.

Descubram-nos.

ZM

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Bonecos de bolso

Forte da Meia Praia - Lagos - Portugal
O Pedro Cabral tem um talento. Faz desenhos que parecem fotos. Ao contrário dos que, como eu, usam máquinas digitais para despachar serviço, ele usa papel e lápis e muita paciência. Já nos brindou em duas ocasiões com bonecos da sua autoria:
1 - Quinta do Carmo
2 - Azenhas do Mar

Agora, finalmente decidiu criar o seu próprio espaço. Podem encontrá-lo nos Bonecos de bolso.
Se for caso disso, passem por lá que vale a pena.
ZM

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Medo...

>> quinta-feira, outubro 06, 2005

A propósito do post do João Garcia a escalar, a simpática leitora mj escreveu o seguinte comentário:
"Uma curiosidade: Não sentes medo quando vês que a tua vida só esta assegurada por uma corda? Eu acho que não era capaz. Acho não, tenho a certeza. Mesmo assim sempre senti curiosidade por saber que se sente."
De facto, quando durante a escalada de uma via nos passa pela cabeça que podemos caír, sentimos medo. A intensidade do medo depende do grau de experiência de cada um e da sua própria sensibilidade. Há pessoas que já não sentem medo de todo. Eu não sou desses. Mas o medo não é de que a corda se parta, porque isso nunca acontece. O equipamento que nos segura uma queda, em condições normais, está dimensionado para segurar um boi. Partir está fora de questão. Temos simplesmente medo da queda, porque não é natural, mas no íntimo, racionalmente, todos sabemos que não caímos no chão.
De resto, quando estamos muito alto, pendurados numa corda, olhamos para ela e vemos um fio de esparguete, mas a verdade é que resiste mais que um cabo de aço.
Espero ter esclarecido a questão.
Obrigado por me leres.
ZM

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Estudo para uma cadeira de jardim.


Photo by zm. Coolpix 5400 - 1/88 - F5.9 - f12.6mm - ISO100

Photo by zm. Coolpix 5400 - 1/122 - F4.8 - f7.2mm - ISO100

Com o alto patrocínio do meu vizinho do lado, proprietário da cadeira.
ZM

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João Garcia

>> terça-feira, outubro 04, 2005

No passado Domingo encontrámos na falésia um amigo ilustre. Trata-se do mais famoso alpinista português e o único até agora a ter colocado a bandeira nacional no topo do mundo. Chama-se João Garcia e é um exemplo de tenacidade, tanto na vida como no desporto.

Embora a escalada em rocha não seja a sua especialidade, aqui vemo-lo na via da Fé, no Penedo da Amizade, em Sintra.

ZM

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