Mais Meredith Monk
>> sábado, fevereiro 11, 2012
Que tal desafiar a Meredith Monk a fazer este show na Regaleira?
Bom fim de semana.
Arrumário era o nome que a pequena Madalena dava aos armários. Este blog é o arrumário electrónico das nossas experiências, emoções e ideias.
Que tal desafiar a Meredith Monk a fazer este show na Regaleira?
Bom fim de semana.
Há já uma boa resma de anos, quase no tempo em que os animais falavam, conheci a cidade de Cuenca, em Espanha, a uns 180km a Sudeste de Madrid, por causa da escalada. De resto, é uma cidade que vale por si só uma demorada visita, eventualmente durante a semana santa, em que fica efervescente.
Uma das coisas que me marcaram nas várias visitas que fiz a Cuenca foi o Museo de Arte Abstracto Español, uma das famosas "casas colgadas". Podem fazer aqui uma fantástica visita virtual ao museu.
De entre os artistas que tive o prazer de conhecer neste museu, ficaram-me para sempre na memória o Antonio Saura e o Antoni Tàpies. Este último deixou-nos ontem.
Numa das viagens inesquecíveis que fiz com a mulher com quem viria a casar, ainda nos tempos em que corríamos Espanha de lés a lés sempre que tínhamos oportunidade, visitámos este museu e trouxemos uma impressão de uma pintura de Antonio Saura que havia de velar pelos nossos sonhos, sobre a cabeceira da cama, durante mais de uma década.
A propósito deste post do Miguel, com o qual estou basicamente de acordo, já assinei esta petição.
Sou pouco de assinar petições, mas neste caso há diversos aspectos absurdos na proposta de projecto de lei que me impelem a fazer o possível por encravá-lo.
1 - Quando se pretende taxar equipamentos que possam armazenar conteúdos com o argumento de que inevitavelmente eles serão usados para armazenar downloads piratas, reconhece-se que não se consegue evitar a pirataria. Ora, isso seria o mesmo que colocar no preço dos automóveis uma taxa para a PSP, correspondente às sanções a que inevitavelmente os condutores serão sujeitos nos momentos em que excedam a velocidade e ninguém os apanhe. É disto que se trata. O governo, com esta medida, atira a toalha ao chão e reconhece que nada consegue fazer para evitar os downloads piratas, então pagamos uma taxa à partida para compensar eventuais perdas dos autores.
2 - A proposta de taxar os equipamentos com um determinado valor fixo por MB é das coisas mais surpreendentes que conseguiria imaginar. Toda a gente sabe que as capacidades dos dispositivos de armazenamento duplicam cada ano, mantendo ou baixando o preço, ou seja, o preço de aquisição por MB tem uma descida exponencial, mas a taxa é aplicada à unidade de armazenamento e não como percentagem do preço. Se isto for avante, são precisos muito poucos anos para que a taxa ultrapasse largamente o preço do equipamento. Isto é totalmente absurdo. A haver uma taxa (coisa de que discordo à partida), no mínimo ela devia ser uma percentagem do preço do equipamento.
3 - Finalmente, apetece reflectir sobre até que ponto os autores verdadeiramente perdem com os downloads piratas. Existe algum estudo credível que demonstre esse prejuízo? Eu diria que, neste momento, quem mais perde com os downloads piratas são os clubes de vídeo, incluindo o do Meo. Suponho que esses não venham a ser compensados pela taxa a cobrar para os autores. No meu caso, como toda a gente, já tive oportunidade de fazer downloads de filmes e, sobretudo, musica. Não é coisa que faça habitualmente, aliás tenho pouco jeito para encontrar esse tipo de conteúdos disponíveis. Não tenho TeraBytes de filmes e música em casa, por isso estou relativamente à vontade para falar do assunto. Posso dizer que ultimamente não compro um CD sem o ouvir integralmente antes. Muitas bandas estão no MySpace, onde é possivel ouvir grande parte das musicas, mas podendo prefiro ouvir o CD na integra e só depois adquiri-lo. Apenas compro uma pequena parte do que oiço, mas não compro menos do que se não apanhasse nada disponível online. Provavelmente compro mais. Certamente não sou a regra, mas eu continuo a comprar CD's, e a possibilidade de os ouvir gratuitamente faz-me comprar mais e não menos. Já quanto a filmes, claro que se encontrar um filme disponível ou me emprestarem um DVD pirata, vejo-o e pronto. Quem perde é o clube de vídeo, porque no meu caso não compro DVD's de filmes.
Parece-me evidente que, quem faz downloads sistematicamente da internet vê muito mais filmes e ouve muito mais música do que se não o fizesse, mas a questão é: e será que compra menos? Ou pelo contrário, acaba por comprar mais ainda? Não estou seguro de qual seja a resposta.
Por tudo isto, acho que o assunto está mal estudado e acho que a solução proposta não tem a menor lógica.
Se estiverem de acordo, ajudem a engrossar o caudal de assinaturas.
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