Uma outra pequena palestra, também divulgada pelo Daniel, que fala de educação, de criatividade e de ecologia humana. O TED vai passar ali para um lugar de destaque e já subscrevi a newsletter. É um site extraordinário, com ideias worth spreading.
Imperdível, a palestra de Norman Foster, via A Barriga.
Uma apresentação extraordinária, que fala de arquitectura sustentável, mas mais do que isso, de um ordenamento das cidades que permita reduzir os consumos de energia relacionados com habitação e transportes. Pensei imediatamente em Barcelona, que tem um tecido urbano apaixonante, onde cada quarteirão tem quase tudo, desde habitação a pequeno comércio e serviços e onde as pessoas se movem em transportes públicos (eficazes) e em bicicletas patrocinadas pela própria cidade. Em quase tudo o oposto de Lisboa, que encaixa mais no exemplo negativo de Detroit, onde as pessoas estão altamente dependentes do carro. É angustiante continuar a ver Lisboa a desenvolver-se de uma forma que implica a migração bi-diária de centenas de milhares de pessoas, entre a cintura onde habitam e o núcleo onde trabalham, consumindo quantidades gigantescas de energia que poderiam ser poupadas se toda a grande Lisboa caminhasse para outra forma de organização. Quando será que pelo menos invertemos o sentido desta marcha? Já nem falo em lá chegar.
Esta apresentação fez-me também pensar em como alguns (muitos?) dos nossos arquitectos continuam de forma autista (ou arrogante, não percebo bem) a recusar ter como estrutura fundamental de qualquer projecto arquitectónico o pilar da energia. Hoje sabemos (alguns de nós, pelo menos) que é possível construir edifícios em que a manutenção de um ambiente interno confortável e saudável não implique necessariamente elevado consumo de energia. É possível reduzir consideravelmente a quantidade de energia necessária para manter a temperatura, a luz, a humidade e a qualidade do ar no interior de um edifício, apenas com algumas alterações na forma de construir. É verdade que isso vai, de alguma forma, limitar a liberdade de quem desenha, mas não será isso hoje uma obrigação? No último número do jornal da Quercus, que o Pedro Cabral fez o favor de me fazer chegar pelo correio [obrigado :-)] está uma entrevista com a arquitecta Lívia Tirone, de onde destaco a pergunta: - Que práticas de construção é que levam a esse conforto e a essa eficiência? - O bom isolamento térmico, que tem que ser contínuo e idealmente aplicado pelo exterior dos edifícios. A boa inércia térmica a funcionar a favor do interior. Caixilharias e vidros com alta qualidade e obviamente duplos (…). Sistemas de sombreamento exterior para evitar ganhos excessivos. Eu acrescento ainda as paredes trombe, que nunca vi em projectos de outros arquitectos e que funcionam como verdadeiros radiadores solares; aproveitamento do efeito de chaminé solar, que promove a circulação do ar no interior; ligação ampla entre os diversos espaços da casa, também para que a renovação do ar seja mais eficaz; aproveitamento da ventilação natural cruzada. Se eu fosse arquitecto, esta seria a minha "sandbox". Será assim tão complicado projectar a partir daqui? O que pode levar tantos arquitectos a recusar este ponto de partida para qualquer caderno de encargos? Ignorância? Preguiça? Ou total incapacidade de convencer o cliente?
O Clube Celtas do Minho está a desenvolver uma campanha de recolha de fundos com o objectivo de salvar o seu refúgio de montanha de Serra d'Arga. É provavelmente o único refúgio de montanha digno desse nome, em Portugal. Na nota enviada pelo clube pode ler-se:
"Este refúgio está localizado a 200 metros da zona de escalada de Penice, a cerca de 100 metros da Queda d' Água das Penas e a 500 m da Queda do Ribeiro d' Arga (ambas equipadas para cannyoning) numa área com um conjunto de percursos pedestres sinalizados e a partir do próximo ano irá apoiar o percurso pedestre de grande rota (GR) que une as áreas protegidas (Parque Nacional da Peneda-Gerês, Paisagem Protegida do Corno do Bico, Paisagem Protegida das Lagoas de S. Pedro de Arcos e Bertiandos) e os Sítios da Rede Natura 2000 (Serra d' Arga e Rio Minho) do Noroeste de Portugal.
O Refúgio no seu interior encontra-se equipado com rocodromo e ancoragens para apoio à formação em escalada e cannyoning.
Consideramos que é de toda a importância que este refúgio se mantenha aberto. Contamos com a colaboração da tua associação.
Cordiais Saudações e Agradecimento pelo Apoio prestado
A Direcção do Clube Celtas do Minho"
Aqui fica a informação, para quem quiser colaborar.
Está visto que, ultimamente, os garotos consomem grande parte da minha energia mental. Pelo que se vê por aqui, parece que ocupam a quase totalidade do meu tempo. Às vezes dão-me cabo do sistema nervoso e esgotam-me até ao limite. Eu devia ter um display igual ao da minha velha Coolpix 5400, que quando está nas últimas diz: "battery exausted". Mas a verdade é que "combiber" com estas criaturas é das coisas mais intensas que temos na vida, para o bom e para o mau. Adorei esta princesa, desenhada por outra princesa. ZM
Isto às vezes descamba para baby blog. Ou girl blog. Como dizia o outro, o melhor do mundo são as crianças. Pelo menos enquanto não estão à bulha ou a fazer birras :-) ZM
Aqui ficam as últimas fotos de Barcelona. Demoraram um bocado porque estou a fotografar exclusivamente em RAW (nef, no caso da Nikon) e ainda não tenho o workflow das fotos afinado. No entanto já sinto que tiro mais partido das fotos agora do que quando fotografava jpg. Recomendo vivamente. Aqui fica o meu agradecimento ao Benjamim, que me ensinou a utilizar ferramentas preciosas para este processo.
Estas duas foram feitas num dos inúmeros bares que visitámos ao longo do dia de Domingo (após corrermos a maratona). Um aspecto notável é o facto de terem sido fotografadas com ISO 1600. A D80 é uma ferramenta fantástica.
Entre a Parallel e a rambla Raval. Um lugar complicado.
As já famosas bicicletas de Barcelona, a que toda a gente parece ter aderido. Se morasse numa cidade queria que fosse nesta.
Estas 3 são da torre do Gas Natural, do arquitecto Enric Miralles, na Barceloneta. Nesta última, se procurarem bem, encontram o fotógrafo.
Para acabar, 3 imagens da Igreja de Santa Maria Del Mar. É talvez o mais encantador de todos os templos católicos que vi na vida. Fiquei tão apaixonado por esta igreja que comprei na FNAC (em castelhano) um romance que conta a história da sua construção .
Para quem tenha pachorra, aqui fica o link para o slideshow da totalidade das fotos.
Esta foi uma invenção do avô. Os dois dão grandes passeatas no quintal, "a andar à polícia". Pela pose assumida, ou vai ser actor ou polícia propriamente dito :-) Bom fim-de-semana. ZM
As fotos vão aparecendo às mijas, porque o tempo não é muito e vou tratando a coisa calmamente. Neste post ficam as fotos de 2 edifícios notáveis de Barcelona, que fiz questão de visitar com alguma calma: A Torre de Agbar, do arquitecto Jean Nouvel e o Edifício Fórum dos arquitectos Herzog & de Meuron. A Torre de Agbar diz-me mais, por ser bioclimática e porque me identifico mais com a estética. É uma solução fabulosa como construção em altura (tem cerca de 140m de altura).
Para quem não percebe rigorosamente nada de escalada, o post cujo eco aqui trago vai parecer uma conversa entre 2 chineses ou coisa que o valha. Para quem escala (ou escalou) e ainda está apaixonado por rochas, este diálogo é um acelerador de partículas.
A escalada é uma doença que fica para sempre a correr nas veias, mesmo que adormecida durante muitos meses ou anos. A leitura desta conversa, das palavras medo, extraprumo, voar, top, deixou-me os dedos num alvoroço. De repente, no meio da blogosfera, um relato atabalhoado no messenger fez-me tremer como um adolescente lendo uma carta da namorada.
Sinto nos dedos o pó da rocha e nas narinas o cheiro da maresia como se recordasse um beijo, como se ainda sentisse nos lábios o doce sabor da paixão.
A imaginação, afinal, vale mais do que 1000 palavras, 1000 imagens.
Gosto de observar as pessoas e frequentemente apetece-me fotografá-las, mas fotografar pessoas é um estádio avançado da fotografia, a que eu porventura ainda não cheguei. Em Barcelona, se há coisa realmente variada, são as pessoas que inundam as ruas. Por isso, coloquei na máquina uma lente mais longa, para me proteger com a distância, e saí para a Rambla em busca de presas para alimentarem o meu exercício. Aqui ficam algumas delas.
Este não é propriamente uma pessoa. Trata-se de uma das estátuas de cera que estão fora do museu.
Esta última é do mercado de Santa Catarina. Não é de pessoas, mas foi tirada na sequência.