Catarina de Bragança
>> sexta-feira, setembro 30, 2005
Imaginem uma escola com um ambiente tão caloroso e pacífico que são os pais, quando lá deixam os filhos, quem tem vontade de chorar. Não por deixarem as crianças, mas por não ficarem lá eles.
Imaginem uma escola onde as crianças não são despejadas ao portão, mas entregues por cada um dos pais de colo para colo, de beijinho para beijinho, quase sempre com manifesta alegria.
Imaginem uma escola onde tudo é colorido e alegre, do exterior ao interior, e dentro dos corações.
Imaginem uma escola onde o jardim é um lugar importante, onde as árvores e a terra são para tocar, onde o ar livre e o Sol são componentes fundamentais.
Imaginem uma escola que, além das crianças, tem também lá dentro os pais. Uma escola em que estes são bem vindos a qualquer hora do dia, para almoçar ou lanchar. Uma escola transparente, aberta, contente com a participação dos pais.
Imaginem uma escola com um projecto educativo sólido e transversal, em que existe um tema por ano, que atravessa todas as classes desde o berçário até ao 4º ano, com actividades adequadas para cada classe etária.
Imaginem uma escola onde a forma de lidar com as crianças é a mesma desde o motorista da carrinha à directora pedagógica, passando pelo jardineiro, a cozinheira, as auxiliares todas e as educadoras. Imaginem que jamais alguém grita com os miúdos.
Imaginem uma escola onde as crianças não são colegas, são amigos.
Imaginem uma escola em que os vossos filhos são meninos da Terra, amam-na e respeitam-na, assim como se amam e respeitam entre si. E onde escrevem cartas ao Mar.
Imaginem uma escola quente como um útero, luminosa como um olhar materno, divertida como os garotos que a habitam em algazarra, onde apetece sempre mais ficar do que deixar os filhos.
Essa escola existe, chama-se Catarina de Bragança e, digo-o com toda a convicção, é a melhor escola do mundo.
ZM
PS: Situa-se no Morelinho, frequesia de S. Martinho, concelho de Sintra.
Os deparamentos de informática das grandes empresas são sempre vistos pelos restantes trabalhadores como um local onde trabalham os "habilidosos dos computadores". Sempre que uma determinada tarefa tenha uma vaga ligação com electricidade ou manutenção geral é na informática que caem os pedidos. Entram-nos pela porta dentro colegas com os mais exóticos pedidos e ai de nós se dizemos que não percebemos nada do assunto.
