como não tenho lugar no silêncio onde morrem as gaivotas,

>> quinta-feira, janeiro 20, 2005

como não tenho lugar no silêncio onde morrem as gaivotas,
despeço-me no oceano e deixo que o céu me conheça.
talvez a serenidade possa ser as minhas mãos a serem uma
brisa sobre a terra e sobre a pele nua de uma mulher.
esse dia, esperança de amanhã, poderá chegar e estarei dormindo.
hoje, sou um pouco de alguma coisa, sou a água salgada
que permanece nas ondas que tudo rejeitam e expulsam
na praia. as gaivotas sobrevoam o meu corpo vivo. os meus
cabelos submersos convidam o silêncio da manhã, raios de sol atravessam
o mar tornados água luminosa. aqui, estou vivo e sou alguém muito longe.

José Luís Peixoto
in [A Criança em Ruínas]


Under the sea, is where I'll be
No talking bout the rain no more
I wonder what thunder will mean, when only in my dream
The lightning comes before the roar
Under the sea, down here with me I find I'm not the only one
Who ponders what life would mean if we hadn't been
So dissapointed in the sun

And that's why we're thinking,
that's why we're drinking in a bar under the sea

dEUS
in [In a Bar Under The Sea - CD - Island]

Vamos de fim de semana. Estaremos algures debaixo do mar, ou na espuma salgada das ondas, ou no sopro violento das montanhas. Diluidos no hálito da floresta.

2 comments:

Anónimo,  1/20/2005 11:13 da tarde  

ZM, estás com os copos ou quê?!? Para além de foto-artista agora deste em poeta?... Isto qualquer dia em vez de arrumário parece mas é o CCB. Bota lá umas cenas fixes pó pobão!

Sara MM 1/22/2005 5:01 da tarde  

Oi ZM...
Sei o que tu sabes que poderei saber...
Estou triste...
BJ ENORME!

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