Depois de descongelarmos os ossos com o aquecimento do carro, lá fomos estrada fora, no meio de um intenso nevoeiro. Não pensei que o "Under the Sea" que tinhamos anunciado viesse a revelar-se tão real. De facto, o nevoeiro era tão intenso que pareciamos figurante das 20.000 léguas submarinas, neste caso, na versão Beatliana de Yellow Submarine (para quem não saiba, faziamos-nos deslocar num Kangoo amarelo berrante). Ainda parámos em Castelo Rodrigo, mas a curtissima visibilidade e o intenso frio fizeram-nos prometer que voltariamos outro dia, eventualmente em Agosto! Visitámos uma pequena loja de produtos locais, muito completa, onde adquirimos um apetitoso doce de figo e umas amêndoas cobertas de açucar. É mesmo à entrada do Castelo e vale bem a pena.
Continuámos a nossa diáspora e passámos em Vila Nova de Foz Coa, que também deve ser um sítio muito interessante quando deixar de estar submersa naquela espessa cortina de núvens.
Finalmente, após muito navegar, emergimos na primeira povoação ensolarada do dia: Penedono. É sem dúvida um local a visitar. Logo à entrada da aldeia fomos brindados com esta fantástica visão do castelo:
Tudo à volta era nevoeiro, mas Penedono parecia um oásis ensolarado. Entretanto já estava na hora da bóia, pelo que procurámos um local para almoçar. Depois de uma rápida análise pelas tascas locais, decidimos subir um pouco a parada e sentámos-nos no restaurante da Estalagem do Penedono, de seu nome "O Magriço". Fomos muitíssimo bem atendidos, por uma simpática senhora, que aparece aqui na foto, e comemos um delicioso arroz de cabrito, rematado por um pudim Abade de Priscos capaz de provocar diabetes ao mais audaz comilão.
A vista da janela do restaurante é notável:
Para desmoer o almoço, fomos até ao castelo, que é absolutamente monumental, passe o pleonasmo. No largo de acesso estava um tipico grupo de velhotes, que não resisto a mostrar:
Finalmente, visitámos as 2 igrejas, sendo que uma delas (julgo que será a igreja matriz) tem um tecto e um retábulo dignos de nota:
Durante o resto do dia, e como somos amigos de fazer quilómetros, ainda passámos por Longroiva, uma aldeia fabulosa, com um nome difícil até de imaginar, quanto mais de pronunciar. Além deste belíssimo castelo, assente bem no alto da aldeia:
tem ainda uma série de sepulturas escavadas na rocha (algumas delas entretanto submersas sob construções modernas). Quando já saíamos de Longroiva, a Raquel exclama arrepiada que estava um garoto a tomar banho num tanque, completamente nú. Ora, nós estávamos a tentar recuperar a circulação nas extremidades depois de alguns minutos a passear pela aldeia, dada a baixíssima temperatura que se fazia sentir! Afinal, verificámos que o tanque onde a criança fazia a sua sessão de natação era uma nascente de água quente natural. Das entranhas da terra brota ali um jorro de água mais quente do que a que estamos habituados a ter no duche. O cheiro não é dos melhores, mas parece que a água é milagrosa e cura inúmeras doenças, razão pela qual o nosso banhista se divertia em animados mergulhos enquanto o olhavamos a tiritar.
Tivémos ainda tempo de visitar Marialva antes do por do Sol, mas desta vez o castelo estava encerrado. No entanto, nas imediações do mesmo há umas casinhas de turismo de habitação que recomendamos vivamente (ver http://www.assec.pt/casa-do-coro/), para além de uma loja de produtos locais com muito bom aspecto. Junto ao castelo, vimos esta igreja:
Finalmente, já mesmo depois do por do Sol, passámos em Pinhel, onde visitámos mais um castelo. O frio era mais que muito, vimos marcado num termómetro de rua -1º! Mesmo assim, fizémos esta divertida imagem do Castelo de Pinhel:
Lá voltámos a Almeida, onde decidimos comer num dos tais restaurantes que não são dignos desse nome. Já comi pior, mas não me lembro onde...
Read more...