Ainda as praxes, desculpem...

>> quinta-feira, janeiro 30, 2014

Ouvindo o deputado Duarte Marques, do PSD, a defender as praxes, designando não-praxe tudo aquilo que nos ofende, faço-lhe directamente uma pergunta: quando, em Coimbra, um caloiro é proibido de andar na rua depois da meia-noite, isso é praxe ou não? É simpático ou não?
Com que legitimidade é que aceitamos rituais de "integração", dos tais eventualmente "engraçados", que são heranças do mais tenebroso fascismo?
Para mim, o simples código das praxes, dando direitos em escada à medida que se sobe na hierarquia, dando poder aos de "cima" sobre os de "baixo", proibindo inúmeras coisas aos caloiros é inaceitável, não devia jamais ter o aval das direcções das Universidades. Já nem falo de tudo o mais, que é o que vemos de facto nas ruas e vimos no documentário Praxis.


Dou toda a razão ao Daniel Oliveira (mais uma vez): as universidades devem proibir todo e qualquer ritual humilhante dentro das suas instalações. Fora delas, tenho a certeza que os caloiros saberão defender-se. Isso é o que defendo há muito. Pelo menos dentro da escola as pessoas devem sentir-se protegidas, para se poderem dedicar àquilo que os fez para lá irem.

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De novo as praxes

>> segunda-feira, janeiro 27, 2014



Eu gostava que os Henriques Monteiros dessa vida me dissessem onde é que estão a diversão e o carnaval nas cenas que se mostram neste documentário. Como é possível que alguém defenda a continuidade desta barbaridade? Conseguem ver, como eu vejo, alunos adultos a chorar por efeito dos maus tratos e do autoritarismo gratuito? Isso não vos incomoda?

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Nils Frahm + Anne Müller

>> terça-feira, janeiro 14, 2014

Descobri mais uma estrela.



Via Vidro Azul, evidentemente.

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A revolução começa a dar frutos.

>> quarta-feira, janeiro 08, 2014

Esta tinha que vir para o blog.



É evidente que ser homeschooler americano tem vantagens, sobretudo por causa de conteúdos (como este) que são maioritariamente em inglês, mas parece evidente que o resultado do ensino doméstico pode ser muito interessante. A revolução está em curso.
Quererá alguma vez a escola pública apanhar este comboio?
Mais informação aqui.
Obrigado, Marisa.

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London Grammar - "Strong"

Hoje deu-me para aqui.

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O exemplo do Eusébio

>> segunda-feira, janeiro 06, 2014

Nunca liguei ao futebol. É um desporto que nunca me disse absolutamente nada. Quando, em miúdo, os meus amigos queriam jogar à bola (felizmente, poucas vezes) a única escapatória que tinha era ir para a baliza, tarefa que desempenhava com pouco mérito e muito sacrifício.
Foram precisas várias décadas da minha vida para conseguir ver um jogo de futebol do princípio ao fim e isso só aconteceu em jogos da selecção nacional, nunca num jogo entre equipas nacionais ou estrangeiras. Em contrapartida, quando via a Vanessa Fernandes a caminho da meta, emocionava-me até às lágrimas, mas isso são outros quinhentos e só os refiro para que não digam que sou insensível às glórias do desporto nacional.

Posto isto, passo ao tema que me trouxe aqui hoje: fiquei surpreendido com a reacção colectiva à morte do Eusébio. Não estou (ainda) a fazer qualquer juízo de valor, apenas digo que me surpreendeu.
E surpreendeu-me em primeiro lugar porque ignorava muito do que vou agora percebendo que foi a vida e o carácter do Eusébio. Ora, essa ignorância deve-se por um lado ao meu desinteresse pelo desporto que o tornou famoso, mas também (apetecia-me dizer sobretudo) ao pouco que se falava dele, pelo menos nos órgãos de comunicação mais generalistas, os tais que passaram os últimos dias a não falar de outra coisa. Esta histeria de agora, quando comparada com o silêncio de outrora, surpreende-me e de alguma forma choca-me. Terei andado distraído? Se assim foi, que me desculpem.

Em segundo lugar, o que é deveras surpreendente, e neste caso já não poderá ser fruto de distracção ou falta de paixão futebolística, é ouvir discursos como o do Pinto da Costa, em que ele diz que o Eusébio era um grande homem, um grande exemplo, porque (cito) “não tinha inimigos e não era inimigo de ninguém”. Mas como raio se pode achar que um grande homem, um homem exemplar, faz o oposto daquilo que fazemos e cultivamos? Como é que, no contexto do futebol Português, se pode achar exemplar um homem que aparentemente era humilde e verdadeiramente amigo de todos? Como se pode achar exemplar um homem que pedia desculpa aos guarda-redes por lhes meter golos ou lhes esmagar as luvas com um remate mais violento? Onde é que alguma centelha desse espírito nobre do verdadeiro desporto ainda está presente no panorama do futebol Luso? Será que, no seu tempo, este tal Eusébio que levantou agora multidões, atribuía permanentemente as culpas dos seus fracassos aos árbitros. Aprovaria ele aquele grupo tenebroso de gente que dá pelo nome de “No Name” e os seus cânticos?


Vi no noticiário como esse tal grupo quis ir também, em conjunto, prestar uma homenagem ao Eusébio, como se realmente o admirassem ou sequer falassem a mesma linguagem. Fiquei a pensar que, das duas uma, ou me andam a enganar com este mito do Eusébio morto ou, se ele era realmente aquilo que agora se relata, não vejo como poderia ele aprovar que uma claque usasse um símbolo cujas fontes são totalmente evidentes e cantassem coisas como esta que retirei deste link:

Foder Lagartos
Comer Dragões
Este é o lema dos campeões
Força Benfica
Vamos vencer
Somos NN até morrer

Em cada Tripeiro há um paneleiro
Em cada Lagartão há um cabrão
E força Benfica
E força Benfica
Olé Olé

Se este Eusébio que me vendem, agora que já não está entre nós, era realmente como o descrevem, duvido que vibrasse com cânticos deste gabarito, assim como duvido que se revisse na simbologia que utilizam.
Tomara que essa chama, que parece ter comovido tanta gente, ilumine o futebol em Portugal e o torne um verdadeiro Desporto. Olé.

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