A casa dos avós

>> terça-feira, novembro 27, 2007

No fim-de-semana fomos ao Fundão ver um espectáculo muito interessante, do Carlos Zíngaro, na Moagem, de que falarei noutra ocasião. Fomos deixar os garotos com os avós, que moram perto de Alcobaça.

Como tenho dificuldade em me focar em pormenores, decidi tentar recolher os pormenores da "quinta", como exercício fotográfico. O resultado desse exercício é o que se apresenta em seguida. Todas as fotos foram feitas com a Nikon D80 e com a 18-70 AF-S DX.























A Madalena adora este mundo de aventuras. Acho que ela tem muita sorte em ir crescer com esta memória. Sei que fica feliz, de botas de lavrador e cheia de terra nas unhas.

Em nome dela: Obrigado avós, por existirem.

ZM

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Putos - actualização

>> segunda-feira, novembro 26, 2007



Nikon D80
Nikkor 50mm AF
f/2.0
1/40
ISO400




Nikon D80
Nikkor AF-S 18-70 DX @ 55mm
f/4.5
1/400
ISO200

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Fluviário de Mora

>> segunda-feira, novembro 19, 2007

Este Domingo, para nos despedirmos do quente Outono disfarçado de Verão de S. Martinho, fomos passear ao Alentejo. O objectivo era o Fluviário de Mora, mas aproveitámos para apreciar os tons outonais da paisagem alentejana. Um regalo para a vista.

As fotos no interior não estão grande coisa, porque a luz é muito estranha e não consegui acertar com o balanço de brancos. Devia ter acertado com um cartão cinzento neutro, mas não tinha.



















O edifício é magnífico, um projecto do gabinete Promontório. A exposição não é de tirar a respiração, mas vale bem o passeio.

ZM

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Tradição bárbara

>> sexta-feira, novembro 16, 2007


http://www.respect-ev.org/index.php

Sou pouco adepto de assinar petições só porque toda a gente assina. Não tenho o hábito de seguir a multidão e em geral, quando toda a gente vai numa direcção, eu tendo a olhar para a outra. Muitas vezes encontro razões para remar contra a maré.

A petição que aqui trago hoje, contudo, tem contornos de barbaridade como poucos e todos sabemos que isto é verdade.

Embora não seja novidade e já todos tenhamos lido ou ouvido algo sobre o assunto, quando recebi este link por mail tentei espreitar o horroroso filme que documenta uma mutilação de uma criança às mãos de um calmo algoz, como se estivesse apenas a remover uma cárie. Tenho consciência de que ter uma filha de uma idade muito próxima da da infeliz vítima que aqui se vê me aumentou muito a sensibilidade, mas o facto é que me deu uma revolta tão intensa que não conseguir ver mais do que alguns segundos de filme.
Não há muito que possamos fazer para evitar este tipo de coisas, mas darmos o nosso nome e endereço de e-mail é o mínimo.
Desejo sinceramente que o caudal de assinaturas seja tão expressivo que finalmente se agitem consciências e não possa mais continuar a praticar-se esta bárbara tradição.

Não recomendo a ninguém que assista ao filme, que é verdadeiramente chocante, mas não virem a cara para o lado. Leiam as informações disponíveis e engrossem o volume do protesto.

ZM

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Blog da Desnivel

>> quinta-feira, novembro 15, 2007

A Associação Desnível passou também a contar com um blog. A estreia faz-se com um artigo de resposta ao polémico e infeliz editorial da revista nº15 da federação de campismo.
Este é um assunto muito delicado, sobre o qual não devia ser escrita uma linha com esta ligeireza. Aliás não devia ser sequer pensada.
Compreendo que uma pessoa que perde um filho, sem sequer ter a possibilidade de o sepultar, por raiva cega atire em todas as direcções, eventualmente com clara falta de razão. Não compreendo nem aceito que o presidente de uma federação que pretende tutelar a disciplina desportiva em que por acaso se deu esta morte se aproveite dessa infelicidade para atirar lama para os seus "inimigos".
Por estas e por outras, fui (com orgulho) um dos fundadores da Federação Portuguesa de Montanhismo e Escalada que há-de um dia destes destronar de vez esta forma de agir.
ZM

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Breakfast in Nafarros

>> quarta-feira, novembro 14, 2007

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São uns doces :-)

ZM

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Uma reportagem notável.

>> terça-feira, novembro 13, 2007

"Em Junho de 2007 Fernando Guerra foi comissionado pelo Arquitecto Alexandros Tombazis para realizar uma reportagem fotográfica e um pequeno documentário sobre a nova Igreja da Santíssima Trindade em Fátima.
Um dos primeiros trabalhos realizados foi seguir a produção das diversas obras de arte. Neste slideshow mostramos uma delas: o processo de fundição dos baixos relevos em bronze para as portas da nova Igreja. O projecto é da autoria do artista Português Pedro Calapez. A fundição é a do senhor Cosme. O sítio, uma pequena aldeia perto do Porto."

É com este texto que se enquadra, no site do fotógrafo Fernando Guerra, uma das mais notáveis reportagens fotográficas que vi feitas em Portugal.

Entramos numa fundição "artesanal", que tem desde logo um ambiente invulgar. A luz é a das pinturas de Vermeer, o calor do lugar sente-se nos torsos nus dos artesãos. Começam a "ouvir-se" correntes. Não é difícil, apesar da bem seleccionada banda sonora, imaginar o ruído que por lá devia andar. O fotógrafo é uma presença transparente que nenhum olhar trai.

Surge então uma peça doirada envolta numa nuvem que a torna etérea, mágica. É coberta com um material que parece terra (será?) e inicia-se um processo alquímico em que vários homens parecem pisar aquela terra com uns paus, minuciosamente, como se pisassem uvas num lagar. Cantariam?

No andamento seguinte, a banda sonora entusiasma-se e entra o fogo. Não sem que antes passe um pequeno cão inverosímil, que acrescenta (passe o paradoxo) humanismo à cena.

A luz que anteriormente provinha do exterior, coada, nasce agora no metal incandescente, iluminando os rostos sofridos de quem o maneja.

Ainda haverá espaço para a aparição de uma garrafa de água saciando uma garganta seca e provavelmente escaldada de ar.

A personagem seguinte é absolutamente impressionante. Parece ter fugido das Tentações de Santo Antão de Hieronymus Bosch e embrulha-se como um homem sem rosto, protegendo-se do excesso de calor. Pergunto-me como terá suportado isto o próprio fotógrafo em quem ninguém parece reparar.

Toda a gente enverga agora grossas vestes. Os rostos cobertos, os olhos protegidos. Escorre o metal, como lava ardente, de dentro do cadinho, enchendo os moldes.

O cadinho escorre, arrefece e perde luz. Ainda aquece uma marmita que não parece ser deste filme. As roupas voltam a sair e vêm de novo os cães. Começamos a sair do inferno e continuamos vivos.

Vemos finalmente o resultado de todo este esforço. Peças notáveis de Pedro Calapez. Mistura-se a pele do bronze com a pele da mão que o toca. Sentimos nós também a textura da peça e a dureza da pele curtida pelo trabalho.

Cai o pano.


Vale a pena reservar uns minutos para ver este trabalho com atenção. Eu fiquei esmagado.

ZM

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S. Martinho (freguesia)

Aqui ficam 2 vídeos "particularmente parvos" de Bruno Nogueira, que acertam na mouche relativamente e esta fabulosa intervenção da minha Junta de Freguesia.



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As fotos de Lisboa (no dia da Patti Smith)

>> domingo, novembro 11, 2007

Cá ficam, finalmente as tais fotos que andei a tirar pela cidade antes de assistir ao concerto da Patti Smith, no Coliseu dos Recreios.

Lisboa, ultimamente, está mais bonita. Parece ter mais turistas e menos "gajos esquisitos". Talvez isso se deva ao Verão atrasado, mas a verdade é que naquela noite, a zona das Portas de Santo Antão apresentava-se menos "chunga" do que me lembrava e com um ar mais turístico e cosmopolita.


Comecei pelo símbolo do Metro, que nesta noite estava fotogénico.


Este é um prédio da Avenida.


O início do elevador do Lavra. Se tivesse mais tempo, teria subido a pé. A zona onde termina, lá no alto da colina, é estranha e também fotogénica.


Ainda o Lavra. Eu sei que está tremida, não precisam de me atirar isso à cara :-)
A luz era pouca e não havia tripé.


Palácio Foz do outro lado da Avenida. Policia do lado de cá.


Átrio de entrada do Coliseu dos Recreios. Esta sala ficou magnífica depois do restauro. Não é um luxo, mas é um belo espaço.


A estação de comboios do Rossio (Restauradores). Também ganhou muito com a recuperação.

Não considero estas imagens umas obras de arte, mas penso que descrevem o ambiente daquela parte da cidade, depois de o Sol se pôr, num fim-de-semana.

ZM

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O Nome da Rosa - continuação

>> quarta-feira, novembro 07, 2007

Aqui ficam as restantes imagens tomadas durante a peça O Nome da Rosa, no Convento de Cristo, em Tomar.
Foram todas feitas com a Nikon D80, com ISO800, a maior parte na mão (sempre sem flash). Dadas as condições, estou bastante satisfeito com o resultado.





















Porque é que gostei menos desta peça do que do T. de Lempika? No T. de Lempika a audiência escolhe um caminho, ou seja, escolhe o personagem que vai seguir. Sabemos que fora da nossa vista há coisas a passarem-se que não vamos presenciar. Isso para mim foi o grande click dessa peça. Senti-me verdadeiramente a espreitar sobre o ombro de um personagem, vivendo o que ele vivia, sabendo que perdia outros momentos da peça. Isso dá-nos uma sensação vertiginosa de viver uma experiência real. Dei comigo no final da peça a chorar uma morte. Fui completamente agarrado por aquela forma de narrar. Nunca me tinha sentido tão mergulhado na ilusão.
No Nome da Rosa, pelo contrário, o público segue o Guilherme de Baskervile (?) em grupo, durante toda a peça. Ora, acontece que neste dia (talvez particularmente) havia muita gente com pouco entusiasmo e provavelmente com falta de forma física e de energia. Eu, que tinha corrido a corrida do Monge (aqui em Sintra) de manhã, andei sempre colado ao personagem que tinhamos que seguir, mas esperava sempre longos minutos até que se juntasse a nós o último da fila, calmamente. Isso quebrou muito o ritmo da peça. Fora isso, acho que o Carlos Carvalheiro encarnava muito melhor o papel que fez no T. de Lempika do que encarnou este Guilherme. Quem continuou em grande forma foi o representante da Inquisição, que no T. de Lempika era o camisa negra.
Eu gostei do que vi, de qualquer forma, mas para quem não tenha ainda assistido a uma peça deste grupo naquele local, aconselho em primeiro lugar o T. de Lempika. Estou desconfiado que serei repetente nessa peça brevemente.
ZM

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O Nome da Rosa

No Domingo passado fomos finalmente ver a peça O Nome da Rosa, do grupo Fatias de Cá, no Convento de Cristo.
Para já, por falta de tempo, fica aqui esta foto ilustrativa. Assim que conseguir colocarei as restantes.



Gostei da peça, mas preferi de longe o T. de Lempika. O que não gostei n'O Nome da Rosa foi o facto de andar toda a gente junta atrás do Guilherme. Como neste caso, o pessoal andava todo a dormir, era sempre preciso muito tempo para voltar a reunir o rebanho. Acho mais dinâmico e divertido separar as pessoas em grupos como sucede com a outra peça. De qualquer forma, valeu bem a pena.

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Patti Smith

>> sábado, novembro 03, 2007

Desde o dia 28 de Outubro de 2007 que a humanidade se divide em duas partes. A parte A e a parte B. A parte A assistiu ao concerto da Patti Smith no Coliseu, a parte B não.

Lendo os voos de uma andorinha, blog de uma amiga que pertence à parte A, relembrei o extraordinário concerto daquela cantora.

Já me aconteceu assistir a um concerto que achei fantástico, mas ao ler as críticas percebo que fui tomado pela parte emocional e afinal nem tinha sido assim tão bom. No da Patti Smith, tenho que confessar que os níveis de emoção estiveram muito altos, mas ao ler as críticas e impressões de outras pessoas, percebo o quanto este concerto foi realmente excepcional. O som estava perfeito, pelo menos no lugar que me calhou. A grande Patti cantou com uma energia, uma entrega, uma devoção, que me fez chorar de emoção durante grande parte do evento. É difícil imaginar o Coliseu de Lisboa transformado numa sala intimista com um público rendido e entregue a uma cantora, mas foi isso que aconteceu. Foi por isso que Patti desceu do palco e dançou com a plateia, numa celebração apaixonada, como eu nunca tinha visto.
Patti Smith é dona de um registo vocal invejável, desde o murmúrio com que contou algumas histórias até ao intenso poder vocal com que gritou a plenos pulmões "People have the Power".
Seguindo a sugestão da Andorinha, experimentem procurar no Youtube Patti Smith e coliseu.
Destaco este, porque me fez vibrar intensamente no dia do concerto:



Ainda hoje me parece que sinto nos ossos a vibração desta música e no coração a emoção com que a escutei ao vivo.

No dia do concerto fui para Lisboa mais cedo porque tinha comprado os bilhetes na Ticket Line e tive que os ir levantar ao Coliseu. Andei por ali um bocado, sozinho, a apreciar aquela área da cidade e a tirar algumas fotos. Talvez por isso, senti-me particularmente próximo da banda que tanto gabou a cidade de Lisboa. Também eu tinha estado a vê-la com olhos de turista. Noutro post colocarei as imagens.

Como diria o menino Nelinho, ainda estou em estado de choque.

ZM

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